Wise e Genial lançam 'guerra dos cofrinhos' em conta global para investidores

A Wise, fintech britânica, anunciou planos para dobrar seu quadro de funcionários no Brasil até o final do ano, passando de 350 para 700 colaboradores. O novo Country Manager, Ricardo Amaral, destacou que o Brasil se tornou um hub estratégico para a expansão da empresa na América Latina, devido à riqueza de talentos em tecnologia.

Desde sua chegada ao país em 2016, a Wise firmou parcerias com grandes instituições financeiras, como Itaú Unibanco e Nubank, para oferecer serviços de transferências internacionais. Recentemente, a fintech lançou um novo produto de investimento em colaboração com a Genial Investimentos, que permite rendimentos em moedas fortes, como dólar, euro e libra esterlina.

Novo Produto de Investimento

O novo produto, denominado “Rende +”, possibilita que os usuários da Wise apliquem seus recursos em até três moedas, com rendimentos atrelados à variação cambial. Amaral afirmou que essa oferta atende a uma demanda crescente dos clientes por retornos sobre saldos em moeda estrangeira. O produto não exige valor mínimo e permite que os clientes ativem ou desativem suas aplicações a qualquer momento.

A Wise enfrenta concorrência de outras fintechs, como Revolut, Nomad e C6 Bank, na busca por captar recursos de brasileiros no exterior. O cenário cambial atual, com a valorização do real, favorece o crescimento da plataforma. O dólar, por exemplo, caiu para R$ 5,42, o menor valor desde agosto do ano passado.

Crescimento e Expansão

A fintech registrou um crescimento de 50% na emissão de cartões nos últimos 12 meses, totalizando mais de 3 milhões de cartões no Brasil. Amaral mencionou que o país está se transformando em um novo centro para a Wise, que já planeja expandir suas operações para a Argentina, após a recente suspensão de controles cambiais.

A parceria com a Genial Investimentos é crucial, pois a Wise não possui licença para oferecer produtos de investimento no Brasil. A Genial, por sua vez, possui as licenças necessárias para intermediar e reportar as operações regulatórias. Amaral destacou que essa colaboração é diferente das parcerias já estabelecidas com Itaú e Nubank, que focam em serviços de conta global e transferências internacionais.