Embraer aumenta entregas em 30% no 2º trimestre com foco na aviação executiva

A Embraer (EMBR3) registrou um aumento significativo em suas entregas no segundo trimestre de 2025, totalizando 61 aeronaves, o que representa um crescimento de 30% em relação ao mesmo período do ano anterior. Esse resultado também mostra um impressionante aumento de 103% em comparação com o primeiro trimestre deste ano.

Na divisão de Aviação Comercial, a empresa manteve 19 entregas, igualando o desempenho do segundo trimestre de 2024. No entanto, houve um salto de 171% em relação ao primeiro trimestre de 2025. A Aviação Executiva foi o destaque do trimestre, com 38 jatos entregues, um crescimento de 41% em relação ao ano passado e 65% em comparação com o trimestre anterior. A área de Defesa e Segurança entregou quatro aeronaves Super Tucano.

Expectativas de Entregas

Para 2025, a Embraer projeta entregar entre 77 e 85 aeronaves na Aviação Comercial, um aumento de 10% em relação ao ano anterior. Na Aviação Executiva, a expectativa é de 145 a 155 entregas, representando um crescimento de 15%. O Bradesco BBI destacou que a empresa já alcançou 25% de sua meta anual para jatos executivos no segundo trimestre, superando os 21% do ano anterior.

O Itaú BBA também avaliou positivamente os números, ressaltando que o crescimento no segmento executivo compensou a estabilidade nas entregas comerciais. Para atingir a meta de entregas comerciais, será necessário um aumento de 17% nas entregas no segundo semestre.

Desempenho Financeiro

O JPMorgan estima que a carteira de pedidos da Embraer alcançou aproximadamente US$ 33,2 bilhões, um crescimento de 26% em relação ao trimestre anterior. A receita do segundo trimestre deve girar em torno de US$ 1,81 bilhão, superando as expectativas do mercado.

As ações da Embraer estão avaliadas a 9,5 vezes o múltiplo EV/EBITDA projetado para 2026, um valor competitivo em comparação com outras fabricantes como Airbus e Boeing. O cenário otimista levou o JPMorgan a reiterar a recomendação de compra, estabelecendo um preço-alvo de R$ 93 por ação.