Economia

Plano Safra falha em acompanhar crescimento do agronegócio, afirma ex-assessor

Rogério Boueri alerta que o novo Plano Safra é insuficiente e destaca desafios como juros altos e eventos climáticos que afetam o agronegócio.

Evento de lançamento do Plano Safra, em 2024 - Pedro Ladeira - 3.jul.2024/Folhapress (Foto: Pedro Ladeira - 3.jul.2024/Folhapress)

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Rogério Boueri critica novo Plano Safra e aponta desafios para o agronegócio

O ex-assessor especial de assuntos econômicos do Ministério da Economia, Rogério Boueri, manifestou preocupações sobre o novo Plano Safra, anunciado pelo governo Lula para o biênio 2025 e 2026. O plano prevê R$ 516,2 bilhões para a agricultura empresarial e R$ 89 bilhões para a familiar, mas Boueri considera esses valores insuficientes para atender ao crescimento do setor.

Durante a análise, Boueri destacou que o Plano Safra não consegue mais acompanhar a evolução da pecuária brasileira. Ele argumenta que, embora o governo tenha anunciado o maior plano da história em termos nominais, essa afirmação não se sustenta quando se considera o aumento dos custos de produção e o crescimento do agronegócio.

Desafios enfrentados

Boueri identificou três fatores que dificultam a eficácia do plano: a alta taxa de juros, as restrições orçamentárias e os eventos climáticos. Com a Selic em 15%, o governo enfrenta dificuldades para oferecer créditos mais atrativos. Além disso, o aperto nas contas públicas pode resultar em cortes nas despesas do Plano Safra, enquanto os prejuízos climáticos forçam os produtores a renegociar financiamentos, gerando custos adicionais para a União.

Ele observa que, apesar de o Plano Safra ainda oferecer taxas de juros mais baixas que o mercado, essa vantagem pode diminuir com o tempo. Boueri prevê um aumento no financiamento privado, especialmente através de mecanismos como o Fiagro, que pode ganhar espaço no setor.

Protagonismo em risco

O ex-assessor enfatiza que o Plano Safra está perdendo protagonismo no financiamento do agronegócio. Atualmente, apenas 7% a 8% do mercado de capitais brasileiro é direcionado para o setor, que representa quase 30% da economia nacional. Boueri acredita que essa defasagem será preenchida à medida que o financiamento privado se expanda.

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