WTorre planeja novos estádios após reestruturação de dívida bilionária

A WTorre, construtora brasileira fundada em 1981, passou por uma reestruturação significativa após a morte de seu fundador, Walter Torre, em 2019. Enfrentando uma dívida de R$ 3 bilhões, a empresa agora conseguiu reduzir esse montante para cerca de R$ 1 bilhão. O foco atual está em novos projetos, incluindo galpões logísticos e reformas de arenas esportivas.

Desde a sua fundação, a WTorre se destacou em obras como o Allianz Parque e o Complexo Iguatemi JK. Após a morte de Torre, a empresa enfrentou desafios de sucessão e uma gestão mais profissionalizada. O conselho é liderado por Silvia Torre, viúva do fundador, e seus filhos, enquanto a presidência está sob Marco Siqueira, ex-Odebrecht.

A reestruturação da dívida foi um dos principais desafios da nova gestão. Em 2021, a dívida tributária de R$ 700 milhões foi reestruturada com a Receita Federal, permitindo a redução significativa do passivo. Além disso, a venda de ativos, como o complexo Alto das Nações, contribuiu para a diminuição da dívida.

Novos Projetos e Investimentos

Atualmente, a WTorre está investindo R$ 1 bilhão em galpões logísticos, com planos de desenvolver empreendimentos em várias regiões do Brasil. A empresa também está envolvida em reformas de arenas, como a Vila Belmiro e o Morumbi, que exigirão mais de R$ 2 bilhões em investimentos. Essas obras serão financiadas por meio de joint ventures com os clubes, utilizando a venda de cadeiras e naming rights.

Além disso, a WTorre está explorando oportunidades em parcerias público-privadas, como a construção da nova sede do Governo de São Paulo, com um investimento estimado em R$ 4,7 bilhões. A empresa também considera a possibilidade de capitalização para acelerar seus investimentos, embora a abertura de capital não seja uma prioridade imediata.

Com uma nova abordagem e foco em inovação, a WTorre busca consolidar sua posição no mercado, mantendo a essência criativa que a caracteriza desde sua fundação.