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10 de jul 2025

Exportações de carne enfrentam desafios globais e afetam economia brasileira

Tarifa de 50% sobre carne brasileira nos EUA pode forçar frigoríficos a buscar novos mercados, como Japão e Coreia do Sul.

EUA são o segundo maior comprador de carne do Brasil, depois da China. (Foto: Tiago Ghizoni/ NSC /Arquivo)

EUA são o segundo maior comprador de carne do Brasil, depois da China. (Foto: Tiago Ghizoni/ NSC /Arquivo)

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O governo dos Estados Unidos anunciou um aumento significativo na tarifa sobre a carne bovina brasileira, passando de 10% para 50% a partir de 1º de agosto. Essa medida, proposta pelo presidente Donald Trump, torna as vendas para o mercado americano praticamente inviáveis, impactando diretamente o setor frigorífico brasileiro.

Até agora, o Brasil havia registrado um aumento nas exportações de carne bovina para os EUA, mesmo com a tarifa anterior. Entre janeiro e maio, o país enviou 163 mil toneladas de carne, um recorde histórico. Os EUA são o segundo maior comprador da carne brasileira, atrás apenas da China, importando 15% do total exportado. Com a nova tarifa, a expectativa é que os frigoríficos brasileiros redirecionem suas vendas para o mercado asiático, onde já há esforços em andamento, como a abertura de um escritório da Associação Brasileira da Indústria de Carnes (Abiec) na China.

Impactos no Mercado

A nova taxa de 50% significa que os importadores americanos terão que pagar 76,4% de tarifa para trazer carne brasileira, o que deve reduzir a competitividade do produto nacional. A carne da Austrália e da Argentina, que não enfrentam as mesmas tarifas, se tornará mais atraente para os consumidores americanos. O analista Fernando Enrique Iglesias, da Safras & Mercados, destaca que, se não houver negociação, as vendas para os EUA devem cair, mas o Brasil ainda conta com mais de 100 países que compram carne bovina.

Além disso, a inflação da carne nos EUA está em alta devido à redução do rebanho local, o que encarece o preço do boi. O Brasil, que tradicionalmente oferece carne a preços mais baixos, pode perder essa vantagem competitiva. Iglesias menciona que frigoríficos e o governo brasileiro podem acelerar negociações com países que ainda não importam carne do Brasil, como Japão e Coreia do Sul, para compensar a perda do mercado americano.

Cenário Futuro

O Brasil tem direito a vender 65 mil toneladas de carne bovina para os EUA sem tarifas, mas essa cota é rapidamente esgotada no início do ano. Com a nova tarifa, o setor enfrenta incertezas sobre como a aplicação será feita, se sobre o excedente da cota ou de forma geral. A situação atual exige que o Brasil busque alternativas para manter suas exportações e minimizar os impactos da nova política tarifária americana.

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