10 de jul 2025
Setores agroindustriais que apoiam Bolsonaro enfrentam tarifas elevadas de Trump
Governo Lula avalia retaliações às tarifas de 50% dos EUA e busca diversificar parcerias comerciais para enfrentar crise econômica.

Jair Bolsonaro: o boné fala por ele (Foto: Brenno Carvalho / Agência O Globo)
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O Brasil enfrenta um novo desafio nas relações comerciais com os Estados Unidos após a imposição de tarifas de 50% sobre produtos brasileiros, uma medida anunciada pelo ex-presidente Donald Trump. Essa situação se agrava em um momento em que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva busca fortalecer sua base interna diante de uma crise econômica iminente.
Apesar de os EUA representarem apenas 12% das exportações brasileiras, o país já enfrenta um déficit comercial com a nação norte-americana. Especialistas, como Jorio Dauster, ex-negociador da dívida externa, sugerem que o Brasil deve diversificar suas importações, especialmente de óleo diesel, e acelerar parcerias com a União Europeia e a China. Dauster também recomenda que o governo brasileiro proteste formalmente contra as tarifas, destacando que os EUA possuem um superávit comercial significativo na área de serviços.
A imposição das tarifas, além de ter motivações políticas ligadas à defesa de Bolsonaro por Trump, pode resultar em uma redução de 0,3% a 0,4% no PIB brasileiro, segundo estimativas do Goldman Sachs. Lula, por sua vez, tem a oportunidade de usar essa crise para angariar apoio popular, especialmente com as eleições se aproximando. A retórica de soberania e resistência a tutelas externas pode ressoar positivamente entre os eleitores.
O governo brasileiro ainda avalia suas opções, incluindo possíveis retaliações. No entanto, a estratégia de não retaliar e buscar novos parceiros comerciais pode ser uma abordagem mais eficaz para mitigar os impactos das tarifas. A situação atual pode, portanto, ser uma oportunidade para o Brasil reavaliar suas relações comerciais e fortalecer sua economia em um cenário global em constante mudança.


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