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Daniel Lannes apresenta individual inspirada em Nelson Rodrigues na galeria Danielian

Daniel Lannes apresenta a exposição "Entre poses" na galeria Danielian, Rio. A mostra inclui 12 telas e 30 desenhos inspirados em Nelson Rodrigues. Lannes utiliza técnica "molhado sobre molhado", ressaltando urgência do desejo. Obras abordam a dualidade entre erotismo e culpa, refletindo na sociedade. Exposição é a primeira individual do artista no Rio desde "Jaula", em 2022.

'Cetim' (2024) (Foto: Divulgação)

'Cetim' (2024) (Foto: Divulgação)

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Daniel Lannes, artista conhecido por suas obras que flertam entre o figurativo e a abstração, apresenta a individual “Entre poses” na galeria Danielian, na Gávea, até o dia 18 de fevereiro. A exposição, que inclui 12 telas e cerca de 30 desenhos em carvão, é inspirada no dramaturgo Nelson Rodrigues e provoca o espectador a observar cenas íntimas como um voyeur. As obras, criadas entre 2023 e 2024, trazem títulos sugestivos como “Perdoa-me por me traíres” e “O fio dental é a nossa maior arma”.

Lannes reflete sobre a relação entre erotismo e culpa, destacando que “o fio dental é um anteparo mínimo entre a nudez e o permitido”. Ele critica a visão intelectualizada que condena a nudez nas artes plásticas, ressaltando a inteligência por trás de expressões corporais. As pinturas foram finalizadas em sessões únicas, com uma média de seis horas, utilizando a técnica chamada molhado sobre molhado, que intensifica a carga erótica da obra.

A curadoria da mostra é de Marcus Lontra e Rafael Fortes Peixoto, marcando a primeira individual de Lannes no Rio desde “Jaula” em 2022. O artista também utiliza a técnica de borrar detalhes das composições, criando novas identidades para os rostos retratados. Ele observa que essa abordagem é paradoxal, pois destrói uma imagem para construir outra, evocando a ideia de que o acaso pode levar a resultados inesperados.

Lannes menciona a pressão de refletir sua conduta pessoal em sua arte, citando Fausto Fawcett sobre a necessidade de ter um “lugar de tara”. Ele argumenta que a arte deve ser um espaço simbólico onde se pode explorar livremente, sem a obrigação de endossar tudo que representa. Para Lannes, a arte não deve ser vista como propaganda, mas como uma expressão da liberdade criativa.

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