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Ayana V. Jackson desafia a representação de corpos negros na fotografia em Madrid

Ayana V. Jackson estreia na Europa com "Nosce Te Ipsum: Membrum Fantasma", explorando colonialismo e identidade afrodescendente em Madrid.

A fotógrafa Ayana V. Jackson posa frente a suas fotografias 'Adelita' de sua série 'You Forgot to See Me Coming' em 6 de maio de 2025. As imagens se expõem no Museu Nacional de Antropologia em Madrid no marco do festival PHotoEspaña. (Foto: Pablo Monge)

A fotógrafa Ayana V. Jackson posa frente a suas fotografias 'Adelita' de sua série 'You Forgot to See Me Coming' em 6 de maio de 2025. As imagens se expõem no Museu Nacional de Antropologia em Madrid no marco do festival PHotoEspaña. (Foto: Pablo Monge)

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Ayana V. Jackson, fotógrafa e socióloga americana, apresenta sua primeira exposição na Europa, intitulada "Nosce Te Ipsum: Membrum Fantasma", no Museu Nacional de Antropología em Madrid. A mostra faz parte do festival PHotoEspaña 2025 e aborda temas de colonialismo e identidade afrodescendente.

Jackson, que tem explorado a representação de corpos negros na arte por mais de vinte anos, utiliza autorretratos para desafiar imagens coloniais e escravizadas. Seu trabalho inclui séries como "Archival Impulse", que se inspira em arquivos fotográficos de indígenas africanos, e "You Forgot to See Me Coming", que retrata mulheres afrodescendentes durante a revolução mexicana.

A artista explica que o título da exposição, "Nosce Te Ipsum" (em latim, "Conhece-te a ti mesmo"), foi inspirado em uma frase vista na entrada do museu. Ela destaca a importância do processo de descolonização do espaço e sua busca por entender a identidade afrodescendente. O termo "Membrum Fantasma" refere-se ao fenômeno neurológico que causa sensações em membros que foram amputados, simbolizando a desconexão sentida por muitos afrodescendentes.

Jackson menciona que, como mulher afro-americana, sente-se tanto parte do tema quanto uma intrusa. Ela busca comunicar essa complexidade através de sua arte, utilizando a fotografia como um meio de dignificar corpos historicamente marginalizados. A artista também reflete sobre sua fascinação por arquivos fotográficos, que muitas vezes não dignificam a representação de corpos colonizados.

A exposição em Madrid é um marco na carreira de Jackson, que já trabalhou em diversas regiões do México, explorando a história do afromestizaje. Sua abordagem visa provocar uma reflexão sobre a representação e a dignidade dos corpos negros na fotografia e na arte contemporânea.

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