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Dino D'Santiago revela a força de sua identidade: ‘O Brasil me ajudou a olhar com orgulho a cor da minha pele’

Dino D'Santiago, cantor português, ressignifica sua identidade africana na música. Novo álbum com Criolo e outros artistas será lançado em março de 2025. Indicado ao Grammy Latino 2024 pela canção "Esperança", destaca sua trajetória. Reflete sobre racismo e a influência da cultura brasileira em sua arte e vida. Enfatiza a importância da diversidade e da mistura cultural para o futuro de Portugal.

Dino D'Santiago (Foto: Leo Aversa)

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Dino D'Santiago, cantor e compositor português de ascendência cabo-verdiana, destaca a importância de sua identidade e a conexão com a história africana. Durante uma visita ao Cais do Valongo, ele reflete sobre a relação entre seu trabalho e a herança cultural dos negros africanos escravizados. "Nossos corpos também são pátria", afirma, enfatizando a necessidade de ressignificar essa história. A música se tornou sua ferramenta de transformação, permitindo que ele se conectasse com suas raízes ao cantar em crioulo, um idioma que representa sua verdadeira essência.

A trajetória de Dino foi marcada por desafios, especialmente na aceitação de sua identidade. Ele revela que, antes de se apropriar de sua herança africana, sentia vergonha de cantar em crioulo. A influência de Criolo, cantor brasileiro, foi crucial para sua metamorfose artística. O álbum que gravaram juntos, previsto para março, foi indicado ao Grammy Latino 2024 pela canção "Esperança". Dino também se destaca como uma voz decolonial em Portugal, promovendo a igualdade e a diversidade cultural.

Em sua música, Dino mistura soul, hip-hop e ritmos tradicionais de Cabo Verde, como batuku e funaná, criando uma sonoridade única. Ele acredita que a diversidade da língua portuguesa, especialmente no Brasil, é um tesouro que pode combater a xenofobia. "A diversidade dessa língua é o meu tesouro", afirma, ressaltando a importância de reconhecer e valorizar as diferentes culturas que compõem a lusofonia.

Dino também aborda questões sociais e raciais, refletindo sobre sua experiência como homem negro em Portugal e no Brasil. Ele critica a forma como o racismo opera em ambos os países e destaca a necessidade de uma mudança na percepção da identidade portuguesa. "Portugal só vai se valorizar e se ressignificar na História assumindo que somos mesmo um país de mistura", conclui, enfatizando que a verdadeira riqueza cultural está na aceitação e celebração da diversidade.

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