Trump comuta penas de Larry Hoover e concede perdões a aliados políticos e celebridades

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu perdões e comutações de penas a 25 pessoas, incluindo figuras ligadas ao Partido Republicano e condenados por crimes graves. As ordens foram assinadas na quarta-feira, 28 de maio de 2025, e incluem o rapper NBA YoungBoy e Larry Hoover, fundador da Gangster Disciples.

Larry Hoover, que liderou uma das gangues mais notórias de Chicago, teve sua pena federal comutada, mas ainda enfrenta uma sentença de duzentos anos por homicídio em nível estadual. Hoover, que foi condenado na década de 1990, continua a ser considerado um líder da gangue, mesmo preso. O perdão pode permitir que ele saia da prisão de segurança máxima, embora não signifique liberdade imediata.

Além de Hoover, Trump também perdoou outros condenados, como o ex-congressista Michael Grimm, que cumpriu pena por fraude fiscal. A Casa Branca não divulgou uma lista completa dos beneficiados, mas a maioria dos casos envolve pessoas que admitiram culpa em processos judiciais. Entre os nomes, destaca-se o ex-governador de Connecticut, John Rowland, condenado por corrupção.

Motivações Políticas

Trump tem utilizado os perdões como uma forma de recompensar aliados políticos e reforçar sua narrativa de perseguição política por parte do governo de Joe Biden. O ex-senador estadual do Tennessee, Brian Kelsey, que se declarou culpado por um esquema de financiamento de campanha, também foi perdoado recentemente. Kelsey afirmou que as ações do Departamento de Justiça foram motivadas por interesses políticos.

O rapper NBA YoungBoy, que se declarou culpado por porte ilegal de armas, expressou gratidão a Trump pelo perdão, afirmando que isso lhe permitirá continuar sua trajetória como artista e pai. A política de clemência de Trump tem sido amplamente criticada, mas ele continua a defender suas decisões como uma forma de justiça.

Reações e Implicações

A decisão de Trump de conceder clemência a figuras controversas levanta questões sobre a justiça e a equidade no sistema penal. A administração Biden e críticos de Trump argumentam que esses perdões são uma forma de manipulação política. O assessor de Trump, Ed Martin, afirmou que "nenhum MAGA será deixado para trás", indicando que mais perdões podem ser concedidos no futuro.