Trump concede perdão a ex-senador do Tennessee apenas 15 dias após início da pena

O presidente Donald Trump concedeu um perdão ao ex-senador do Tennessee, Brian Kelsey, apenas 15 dias após o republicano iniciar uma pena de 21 meses por conspiração em financiamento de campanha. Em entrevista ao CNBC, Kelsey, de 47 anos, afirmou: "Deus usou Donald Trump para me salvar." Ele anunciou o perdão em uma postagem na rede social X e mencionou que três congressistas republicanos do Tennessee estavam envolvidos na obtenção do perdão.

Kelsey foi liberado de um campo prisional em Ashland, Kentucky, na terça-feira, após o perdão, que anula suas condenações criminais. Ele havia se entregado ao sistema prisional em 24 de fevereiro, após a Suprema Corte dos EUA rejeitar seu pedido de apelação. O ex-senador se declarou culpado em novembro de 2022 por movimentar recursos de sua campanha senatorial para sua campanha congressional de 2016, mas tentou retirar sua confissão posteriormente, sem sucesso.

Durante sua estadia no presídio, Kelsey recebeu a notícia do perdão enquanto se exercitava. Ele planeja passar o dia agradecendo a Trump e passando tempo com sua família, que inclui três filhos pequenos. O perdão de Kelsey é considerado incomum, já que ocorre tão cedo em sua sentença. A ex-advogada de perdões do Departamento de Justiça, Elizabeth Oyer, foi demitida após se opor a restaurar os direitos de porte de arma do ator Mel Gibson, um apoiador de Trump.

Kelsey alegou que foi alvo de uma "perseguição" pelo Departamento de Justiça sob a administração Biden, afirmando que o verdadeiro alvo era Matt Schlapp, presidente da American Conservative Union. Ele afirmou que lhe foi oferecido um acordo para testemunhar contra Schlapp, mas recusou, alegando que não cometeu crime. A CPAC, que Schlapp preside, expressou apoio ao perdão de Kelsey, afirmando que as investigações eram politicamente motivadas e que a administração Biden perseguiu opositores políticos.