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Sexo no cinema: a nova abordagem que gera discussão, mas não excitação

O debate sobre cenas de sexo em filmes cresce, especialmente entre a Geração Z. Filmes como "Anora" e "Nosferatu" usam sexo para explorar dinâmicas de poder. "Anora" apresenta sexo transacional, refletindo desigualdade entre personagens. "Nosferatu" levanta questões de consentimento em um contexto romântico distorcido. "Babygirl" mostra a confusão de poder em um encontro entre chefe e empregado.

Em “Babygirl”, Nicole Kidman vive um relacionamento sadomasoquista com seu estagiário (Harris Dickinson) (Foto: Divulgação/Niko Tavernise)

Em “Babygirl”, Nicole Kidman vive um relacionamento sadomasoquista com seu estagiário (Harris Dickinson) (Foto: Divulgação/Niko Tavernise)

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Um debate recorrente nas mídias sociais questiona a necessidade de cenas de sexo em filmes, especialmente com a Geração Z expressando um desejo por menos dessas representações. No entanto, os filmes concorrentes nesta temporada de premiações demonstram que o sexo continua a ser uma parte essencial da narrativa cinematográfica. Títulos como "Anora", que foca em uma trabalhadora do sexo, e "Babygirl", que explora desejos considerados vergonhosos, mostram que essas cenas são fundamentais para o desenvolvimento das histórias. Mesmo a nova versão de "Nosferatu", dirigida por Robert Eggers, aborda o sexo como um elemento central, embora as cenas sejam carregadas de complexidade emocional e dinâmicas de poder.

As cenas de sexo em filmes como "Anora" são apresentadas de forma não romântica, refletindo uma dinâmica desigual entre os personagens. A protagonista Ani, interpretada por Mikey Madison, se envolve em um relacionamento transacional com Ivan, um herdeiro rico. A interação é marcada por humor e crítica social, evidenciando a falta de controle de Ani sobre sua situação. Em "Nosferatu", a relação entre Ellen e o Conde Orlok levanta questões sobre consentimento e desejo, apresentando um final que provoca debates sobre a natureza de seu sacrifício e a complexidade de suas emoções.

Em "Babygirl", a cena entre Romy e Samuel destaca a confusão e a dinâmica de poder em um encontro sexual. Romy, uma executiva, tenta manter sua autoridade enquanto Samuel a provoca, revelando a tensão entre desejo e controle. A cena é um reflexo da luta de Romy para equilibrar sua posição de poder com seu prazer. Por outro lado, "Queer" apresenta um encontro entre Lee e Allerton que é carregado de desespero e desejo, explorando a relação de controle e vulnerabilidade entre os dois personagens.

Por fim, "Rivais" é criticado por ter poucas cenas de sexo explícitas, mas essa escolha parece intencional. O diretor Luca Guadagnino opta por reservar a energia erótica para momentos mais sutis, como uma cena em que Tashi convida dois rapazes a se aproximarem dela, transformando o sexo em um jogo. Essa abordagem ressalta a complexidade das interações humanas e a forma como o sexo é representado no cinema contemporâneo, desafiando as expectativas do público e promovendo discussões mais profundas sobre poder e desejo.

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