14 de fev 2025
Lula expressa pesar pela morte de Cacá Diegues: 'Levou a cultura brasileira ao mundo'
Cacá Diegues, cineasta do cinema novo, faleceu aos 84 anos após cirurgia. O presidente Lula elogiou sua obra, destacando filmes icônicos como "Xica da Silva". Diegues foi imortal da Academia Brasileira de Letras e colunista do GLOBO. Seu legado inclui a luta por inclusão e diversidade no cinema brasileiro. Informações sobre velório e enterro ainda não foram divulgadas.
Última foto de Cacá Diegues mostra o diretor sorridente e feliz em encontro com amigos (Foto: Walter Carvalho / Acervo pessoal)
Ouvir a notícia:
Lula expressa pesar pela morte de Cacá Diegues: 'Levou a cultura brasileira ao mundo'
Ouvir a notícia
Lula expressa pesar pela morte de Cacá Diegues: 'Levou a cultura brasileira ao mundo' - Lula expressa pesar pela morte de Cacá Diegues: 'Levou a cultura brasileira ao mundo'
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou seu pesar pela morte do cineasta Cacá Diegues, aos 84 anos, destacando sua contribuição ao cinema brasileiro. Em nota, Lula afirmou que Diegues levou o "Brasil e a cultura brasileira para as telas do cinema", citando obras como "Ganga Zumba", "Xica da Silva" e "Bye, bye Brasil" como representações da criatividade e da luta do cinema nacional. O cineasta, que sofreu complicações após uma cirurgia na próstata, foi um dos fundadores do movimento do cinema novo e imortal da Academia Brasileira de Letras.
Cacá Diegues nasceu em 19 de maio de 1940, em Maceió, Alagoas, e se mudou para o Rio de Janeiro na infância. Ele começou sua carreira no cinema com o filme "Cinco vezes favela" (1961) e se destacou por suas obras com forte conteúdo político e social, como "A grande cidade" (1966) e "Os herdeiros" (1969). Após um período de exílio em Paris, retornou ao Brasil e lançou filmes que mesclavam leveza e crítica social, como "Quando o carnaval chegar" (1972) e "Joanna Francesa" (1973).
Nos anos 1970, Cacá alcançou grande sucesso comercial com "Xica da Silva" (1976), que atraiu 3,2 milhões de espectadores, e "Bye Bye Brasil" (1980), que participou do Festival de Cannes. Apesar das dificuldades enfrentadas durante o governo Collor, ele continuou a produzir, lançando "Tieta do Agreste" (1996) e "Orfeu" (1998). Seu último filme, "O grande circo místico" (2018), foi exibido no Festival de Cannes, e em 2023, ele filmou a continuação de "Deus é brasileiro", ainda inédita.
Cacá Diegues também foi um defensor da inclusão e diversidade no cinema, contribuindo para projetos como o Núcleo de Cinema do Nós do Morro e "5 X Favela, agora por nós mesmos" (2010). Ele deixa um legado significativo, tendo sido casado com a cantora Nara Leão e, posteriormente, com Renata Almeida Magalhães, com quem teve uma filha. Em 2018, foi eleito para a Academia Brasileira de Letras, sucedendo o cineasta Nelson Pereira dos Santos. Em seu discurso de posse, expressou a importância de ocupar a cadeira que foi de seu amigo, refletindo sobre seu amor pelo cinema e pela cultura brasileira.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.