Cacá Diegues é velado no Rio de Janeiro; 'legado bonito a quem chega', afirma Glória Pires

O cineasta Cacá Diegues, que faleceu na madrugada desta sexta-feira (14) no Rio de Janeiro, aos 84 anos, teve sua morte atribuída a complicações em uma cirurgia. Ele foi um dos fundadores do Cinema Novo, movimento que revolucionou o cinema brasileiro ao lado de Glauber Rocha e outros cineastas. Cacá dirigiu mais de 20 filmes, incluindo clássicos como “Xica da Silva” e “Tieta do Agreste”. Seu velório ocorre neste sábado (15) na Academia Brasileira de Letras (ABL), com cremação programada para o Caju.

O velório, que começou às 11h para amigos e familiares e foi aberto ao público às 12h, contou com a presença de figuras importantes das artes, como Rosane Svartman e Glória Pires. O escritor Ruy Castro ressaltou a relevância da obra de Cacá, afirmando que ele "provou que era possível ser feliz até na ditadura". O prefeito Eduardo Paes também prestou suas homenagens, destacando a contribuição de Cacá para a identidade cultural do Brasil e sua vida intensa e bonita.

A atriz Mary Sheila expressou sua gratidão ao cineasta, lembrando como ele proporcionou visibilidade e oportunidades para muitos artistas. O ator Babu Santana elogiou a sensibilidade de Cacá ao retratar realidades diversas, afirmando que ele foi um "grande mestre do cinema". Nascido em Maceió em 1940, Cacá se mudou para o Rio de Janeiro aos seis anos e se tornou uma figura central na cinematografia nacional.

Cacá Diegues, que foi homenageado em diversas ocasiões, incluindo um desfile da escola de samba Inocentes de Belford Roxo em 2016, ocupou a cadeira 7 da ABL desde 2018, sucedendo o cineasta Nelson Pereira dos Santos. Ele deixa um legado significativo, sendo pai de quatro filhos e avô de três netos, e é lembrado por sua contribuição inestimável à cultura brasileira.