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Morre Souleymane Cissé, ícone do cinema africano e vencedor do Prêmio do Júri em Cannes

Souleymane Cissé, cineasta premiado, faleceu aos 84 anos em Bamaco, Mali. Ele foi o primeiro diretor negro a vencer o Prêmio do Júri em Cannes, em 1987. Cissé participou ativamente do Festival Pan Africano de Cinema até seu último dia. Seu filme "Yeelen" é considerado uma obra prima e influenciou cineastas como Martin Scorsese. Em 2023, recebeu o Carrosse d’Or, consolidando seu legado no cinema africano.

Souleymane Cissé (Foto: AFP)

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Souleymane Cissé, renomado roteirista e diretor, faleceu nesta quarta-feira em Bamaco, Mali, aos 84 anos. Ele foi o primeiro cineasta negro africano a conquistar o Prêmio do Júri no Festival de Cannes com seu filme Yeelen, lançado em 1987. O longa, que foi indicado ao prêmio de Melhor Filme Estrangeiro no Spirit Awards de 1989, é considerado uma obra-prima e teve grande impacto na cena cinematográfica mundial. A morte de Cissé foi confirmada por seu amigo e produtor François Margolin, que relatou que o cineasta faleceu após uma coletiva de imprensa onde estava animado e participativo.

Nascido em 21 de abril de 1940, Cissé estudou na Universidade Estatal Russa de Cinematografia e deixou um legado significativo no cinema africano. Seu último trabalho, O Ka, de 2015, aborda a remoção forçada de suas irmãs de sua casa de infância. Em 2023, ele recebeu o Carrosse d’Or em Cannes, tornando-se o segundo cineasta africano a ser homenageado com essa distinção. Margolin destacou que Cissé se manteve ativo até o fim, afirmando que ele "nunca foi um homem velho".

Cissé começou sua carreira com o longa Den Muso, em 1975, que enfrentou censura e críticas severas. Com Yeelen, ele se destacou por recriar a cultura bambara e sua narrativa mágica. O diretor Martin Scorsese elogiou o filme, afirmando que teve um impacto profundo em sua carreira, inspirando-o a fundar o World Cinema Project. Cissé acreditava na importância do cinema africano e expressou otimismo sobre o futuro da indústria, afirmando que a África deve ser representada por meio de suas próprias imagens.

O legado de Souleymane Cissé é inegável, e sua contribuição ao cinema será lembrada por gerações. Ele deixa suas filhas, Fatou e Mariam, e um impacto duradouro na forma como a cultura africana é retratada no cinema global.

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