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Cinema reflete mudanças sociais e culturais na virada do jogo - parte 2

Rede "Norte e Nordeste Cine" busca descentralizar o cinema brasileiro, promovendo diversidade e autenticidade em um mercado dominado por algoritmos.

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O cinema brasileiro enfrenta um momento crítico, marcado pela concentração de mercado e a predominância de narrativas do eixo Rio-São Paulo. Contudo, novas vozes emergem das periferias e regiões menos representadas, trazendo uma nova perspectiva ao audiovisual. Surge a proposta de uma rede chamada "Norte e Nordeste Cine", que visa descentralizar a produção e promover a autenticidade nas narrativas.

A proposta busca transformar o cinema em uma estratégia política e econômica, onde a força do audiovisual se revela na construção de relevância. Em um mundo hiperconectado, essa relevância se traduz em poder. O projeto Edmilson e Halder Gomes exemplifica essa nova abordagem, enfatizando que não basta contar histórias, mas também criar estruturas e redes que sustentem a produção.

Desafios e Oportunidades

O Brasil não pode ser narrado por um único sotaque. Cada cidade e comunidade possui histórias prontas para serem contadas. O audiovisual deve ser visto como uma política pública, capaz de impulsionar autoestima, turismo e desenvolvimento econômico. O eixo Rio-São Paulo, embora historicamente relevante, não pode ser o único ponto de partida para as narrativas brasileiras.

A adaptação ao mundo do streaming apresenta novos desafios, especialmente a competição com algoritmos que definem o fluxo de investimentos. Halder Gomes destaca que os algoritmos priorizam números em detrimento de sentimentos e originalidade. Essa é uma encruzilhada: produzir para agradar a máquinas ou para provocar mudanças no mundo?

A Importância da Autenticidade

A produção do Norte e Nordeste ganha destaque em um mercado saturado. A autenticidade se torna um ativo estratégico, e a pluralidade de vozes é essencial para a sobrevivência no setor. Para consolidar essa nova fase, é necessário estruturar redes, leis e fundos regionais, além de criar circuitos de exibição e distribuição.

O futuro do cinema brasileiro depende da descentralização. A diversidade de sotaques e narrativas não é apenas uma questão estética, mas uma necessidade do mercado. O Brasil precisa de mais cineastas que se recusem a ser coadjuvantes em suas próprias histórias. A câmera está ligada e a narrativa apenas começou.

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