07 de mar 2025
Mulheres recebem apenas 10% dos direitos autorais na indústria musical brasileira
Apenas 10% dos direitos autorais em 2024 foram repassados a mulheres artistas. O relatório da União Brasileira de Compositores será lançado no Dia Internacional da Mulher. Desde 2022, não houve avanços na distribuição de direitos autorais para mulheres. Setenta e seis por cento das mulheres relataram discriminação de gênero no setor. Apenas 12 das cem maiores arrecadadoras da UBC em 2024 são mulheres.
Artista feminina compondo música: mulheres recebem menos direitos autorais que homens no mercado brasileiro. (Foto: Reprodução)
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As mulheres que atuam na música brasileira enfrentam desafios significativos em relação aos direitos autorais, conforme aponta um relatório da União Brasileira de Compositores (UBC) que será divulgado amanhã, no Dia Internacional da Mulher. Em 2024, apenas 10% dos direitos autorais distribuídos no Brasil foram destinados a artistas femininas, um padrão que se mantém desde 2022, sem melhorias. O estudo, intitulado “Por Elas Que Fazem a Música”, analisa dados de mais de 60 mil associados da UBC, que incluem um número crescente de mulheres a cada ano.
O relatório revela que, entre as mulheres, as autoras se destacam, recebendo 73% do total de direitos autorais femininos no ano passado. As intérpretes representaram 22,5%, enquanto as executantes e produtoras fonográficas obtiveram apenas 2,5% e 1,5%, respectivamente. Além disso, entre os cem maiores arrecadadores da UBC em 2024, apenas 12 são mulheres, evidenciando a disparidade no reconhecimento e na remuneração.
O estudo também abordou questões de discriminação e assédio no setor. Setenta e seis por cento das mulheres associadas relataram já ter enfrentado discriminação de gênero, e sessenta e seis por cento afirmaram ter sido vítimas de assédio no ambiente de trabalho. Esses dados ressaltam a necessidade de uma reflexão mais profunda sobre a equidade de gênero na indústria musical.
Essas estatísticas não apenas evidenciam a desigualdade financeira, mas também destacam a urgência de ações que promovam um ambiente mais justo e seguro para as mulheres na música. A UBC, ao lançar este relatório, busca chamar a atenção para essas questões e incentivar mudanças significativas no cenário musical brasileiro.
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