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Descoberta de granjas de 'artistas falsos' revela produção em massa de músicas

Liz Pelly, em seu livro "Mood machine", analisa como o Spotify molda a indústria musical, priorizando artistas pop e dificultando a vida de independentes. A autora revela que as listas de reprodução da plataforma são criadas para gerar conexões emocionais, mas isso prejudica músicos que produzem obras mais complexas. Além disso, Pelly destaca a presença de "artistas falsos" que preenchem essas listas, complicando a valorização do trabalho autêntico. A pesquisa levanta questões sobre as pressões do mercado e a necessidade de adaptação às métricas de sucesso, que muitas vezes não refletem a qualidade artística.

Foto:Reprodução

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Liz Pelly, editora e professora, lançou o livro Mood machine, onde investiga a influência do Spotify na indústria musical. A obra revela como a plataforma utiliza listas de reprodução que apelam a emoções, favorecendo artistas pop e dificultando a vida de músicos independentes.

Pelly, que começou sua pesquisa em 2016, destaca que as listas de reprodução do Spotify são projetadas para criar uma conexão emocional com os ouvintes. Por exemplo, uma lista chamada "Princesa pija pilates" sugere um estilo de vida que a plataforma espera que os usuários adotem. Esse tipo de categorização é uma herança das técnicas de marketing personalizado, que muitas vezes subestimam a curiosidade dos ouvintes.

A autora aponta que, embora o Spotify tenha surgido como uma solução para a pirataria, a maior parte dos lucros vai para grandes gravadoras, deixando artistas independentes em dificuldades financeiras. O modelo de negócios da plataforma prioriza artistas que buscam sucesso massivo, enquanto a música menos comercial enfrenta desafios significativos.

A Música Funcional e Seus Impactos

Pelly também discute o conceito de "música funcional", que se refere a canções que são frequentemente ouvidas como pano de fundo durante atividades como trabalho ou estudo. Esse fenômeno prejudica artistas que produzem música mais complexa ou menos comercial, que não se encaixa nesse modelo de consumo.

Além disso, a autora revela a existência de "artistas falsos" no Spotify, que são criados para preencher listas de reprodução específicas. Esses músicos, muitas vezes, produzem grandes quantidades de conteúdo sob pseudônimos, dificultando a identificação e valorização do trabalho artístico real.

A pesquisa de Pelly levanta questões sobre a pressão que a indústria exerce sobre os criadores. Músicos e jornalistas enfrentam a necessidade de se adaptar a métricas de sucesso, que muitas vezes não refletem a qualidade do trabalho, mas sim a quantidade de cliques e reproduções.

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