04 de ago 2025
Inadimplência no aluguel cresce entre imóveis acima de R$ 13.000, aponta pesquisa
Inadimplência em aluguéis cresce e atinge 7,44% entre locatários de alto padrão, exigindo atenção das imobiliárias no cenário econômico atual

Vista de São Paulo: inadimplência no aluguel está em trajetória de alta neste ano de 2025, segundo dados da Superlógica (Foto: Filipe Serrano/Bloomberg Línea)
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Os dados de junho de 2025 revelam um aumento preocupante na inadimplência de aluguéis no Brasil, especialmente entre locatários que pagam acima de R$ 13.000. O índice de inadimplência nessa faixa chega a 7,44%, o que significa que um em cada treze inquilinos atrasa o pagamento. As informações são de um levantamento da Superlógica, divulgado pela Bloomberg Línea.
Esse cenário de inadimplência elevada para imóveis de alto valor tem se mantido em trajetória de alta ao longo do último ano. Quando se considera tanto casas quanto apartamentos nessa faixa de preço, a taxa de inadimplência é de 6,54%. Em contraste, o índice geral de inadimplência no mercado de aluguéis ficou em 3,59% em junho, um aumento em relação aos 3,33% de maio.
Fatores Estruturais
Manoel Gonçalves, diretor de Negócios para Imobiliárias da Superlógica, explica que a percepção de menor risco de inadimplência para locatários de alta renda não se sustenta na realidade. Muitas imobiliárias não exigem garantias, como seguro-fiança, acreditando que inquilinos com maior poder aquisitivo são menos propensos a atrasos. No entanto, essa abordagem pode aumentar o risco para os locadores.
Além disso, a gestão de múltiplos compromissos financeiros por parte desses locatários pode dificultar a regularização de débitos. A escolha de atrasar o aluguel, que geralmente tem encargos menores do que outras dívidas, como as de cartão de crédito, também contribui para o problema.
Inadimplência em Outras Faixas
Por outro lado, imóveis com aluguéis até R$ 1.000 também apresentam índices elevados de inadimplência, com 5,79% em junho. Para apartamentos, a taxa é de 5,02%, enquanto para casas chega a 6,56%. Em contraste, os menores índices foram registrados para aluguéis entre R$ 2.000 e R$ 3.000, com 1,77% para apartamentos e 2,95% para casas.
Esse panorama exige atenção das imobiliárias, especialmente em um cenário econômico que pode ser afetado por pressões inflacionárias e variações nas taxas de juros nos próximos meses.
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