05 de ago 2025
Ex-oficiais de segurança de Israel pedem fim da guerra em Gaza após declarações de Netanyahu
Ex chefes de segurança alertam sobre os riscos da guerra em Gaza, enquanto a crise humanitária se agrava e a vida dos reféns se torna crítica
Palestinos ficam ao lado do corpo de uma mulher que foi atropelada por um caminhão enquanto tentava alcançar um comboio de ajuda humanitária que se movia ao longo do corredor de Morag, perto de Rafah, na faixa de Gaza, sul, na segunda-feira, 4 de agosto de 2025. (Foto: AP Photo/Mariam Dagga)
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JERUSALÉM (AP) — Ex-chefes de segurança israelenses pedem o fim da guerra em Gaza, enquanto o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu planeja uma nova ofensiva militar. A situação humanitária na região se agrava, com relatos de mortes de civis em busca de alimentos.
Na terça-feira, novas mortes de palestinos foram registradas em pontos de distribuição de alimentos. A saúde pública em Gaza está em colapso, e a crise humanitária se intensifica com bombardeios constantes. O corpo de defesa israelense, COGAT, anunciou um acordo com comerciantes locais para melhorar a entrega de ajuda, mas a situação continua crítica.
Os ex-oficiais de segurança, incluindo ex-líderes do Shin Bet e do Mossad, criticaram a prolongação do conflito. Ami Ayalon, ex-chefe do Shin Bet, afirmou que a guerra está levando Israel à perda de segurança e identidade. Yoram Cohen, também ex-chefe do Shin Bet, descreveu os objetivos de Netanyahu como uma "fantasia", destacando a impossibilidade de resgatar reféns enquanto se busca eliminar todos os terroristas.
Divergências no Governo
Netanyahu anunciou que convocará seu gabinete de segurança para discutir a próxima fase da guerra. Relatos indicam que há desacordos entre o primeiro-ministro e o chefe do exército, Eyal Zamir, sobre a estratégia a ser adotada. Enquanto Netanyahu pressiona por uma ocupação total de Gaza, Zamir expressa preocupações sobre os riscos para os reféns e a intensificação da crise humanitária.
A proposta de Netanyahu de retomar o controle total de Gaza, abandonado em 2005, é apoiada por setores da direita israelense. No entanto, a situação dos reféns é alarmante, com relatos de que apenas 20 dos 50 sequestrados ainda estão vivos. Um vídeo recente de um refém debilitado gerou indignação em Israel e críticas internacionais.
Crise Humanitária
A população de Gaza enfrenta condições extremas, com milhares de palestinos se aglomerando em busca de alimentos. Mohammed Qassas, de Khan Younis, descreveu a luta pela sobrevivência em meio a uma escassez crítica de alimentos. "Se não lutarmos, não conseguimos nada," afirmou, refletindo a desesperadora realidade enfrentada por muitos.
A blocoade israelense e a ofensiva militar dificultam a entrega de ajuda, contribuindo para a iminente fome na região. Organizações humanitárias afirmam que as recentes medidas de Israel para permitir mais ajuda são insuficientes. Enquanto isso, famílias de reféns temem que a escassez de alimentos também os afete, mas responsabilizam o Hamas pela situação.
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