10 de jul 2025
A temporada de futebol nunca realmente chega ao fim no calendário esportivo
Jogadores pedem pausa de quatro semanas na temporada devido à carga excessiva de jogos, que afeta saúde física e mental.

Foto: Reprodução/The Athletic UK
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O futebol europeu enfrenta um crescimento alarmante no número de jogos, com clubes como Chelsea e Real Madrid participando de competições extensas. Recentemente, jogadores expressaram preocupações sobre a carga excessiva de partidas, que afeta tanto a saúde física quanto a mental. A FIFPRO, entidade que representa jogadores, pediu uma pausa obrigatória de quatro semanas na temporada.
Em um exemplo recente, o Chelsea disputou sua 63ª partida da temporada ao enfrentar o Fluminense na semifinal da Copa do Mundo de Clubes, enquanto o Real Madrid completou sua 68ª partida ao ser eliminado pelo Paris Saint-Germain. A pressão sobre os atletas é crescente, com muitos se perguntando se a quantidade de jogos se tornou insustentável. Jules Kounde, defensor do Barcelona, destacou que algumas equipes começaram suas temporadas em julho de 2024 e ainda estão jogando em julho de 2025.
A situação é agravada pela expansão de torneios como a Copa do Mundo e a Champions League, que aumentaram significativamente o número de partidas. A FIFA, sob a liderança de Gianni Infantino, ampliou o formato da Copa do Mundo de Clubes para 32 equipes, enquanto a Champions League passou a ter 189 jogos em sua nova fase de grupos.
Os dados sobre a carga de trabalho dos jogadores são preocupantes. Federico Valverde, do Real Madrid, acumulou 6.674 minutos em campo desde agosto do ano passado, o que equivale a 74 partidas em menos de um ano. A pressão não é apenas física; a exaustão mental também é um fator significativo, conforme apontado por Maheta Molango, CEO da PFA, que alertou para a confusão entre as temporadas.
A FIFPRO propôs a implementação de um período de descanso de quatro semanas para mitigar a carga excessiva. Entretanto, com o calendário atual, essa proposta parece inviável. Enquanto isso, clubes como o The New Saints, que competem em ligas menores, veem a participação em competições europeias como uma oportunidade valiosa, mesmo que a carga de jogos seja intensa.
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