17 de mai 2025
Amy Larocca discute a cultura do bem-estar e suas contradições em novo livro
A cultura do bem estar se transforma em luxo, revela Amy Larocca em "How to Be Well", explorando suas contradições e impactos pós pandemia.
Limpar a pele antes de dormir é importante para remover resíduos de maquiagem, sujeira, oleosidade e poluentes acumulados ao longo do dia. (Foto: Karolina Kaboompics / Pexels)
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Amy Larocca, autora do livro "How to Be Well", explora a complexidade da cultura de bem-estar em uma conversa recente no Brooklyn, EUA. A obra, que ainda não está disponível no Brasil, discute as contradições do autocuidado e o impacto da pandemia na saúde mental e no consumo de produtos de beleza.
Larocca, que aparenta ter o "brilho" de quem se cuida, afirma que esse efeito é resultado de uma rotina rigorosa de cuidados com a pele, meditação e alimentação saudável. No entanto, ela admite que não segue todos os preceitos do estilo de vida que descreve. A autora enfatiza que o bem-estar vai além de produtos e exercícios, abrangendo também a saúde mental e hábitos alimentares.
A Indústria do Bem-Estar
A autora critica a forma como a indústria da beleza utiliza o discurso do bem-estar como uma estratégia de marketing, comparando-o à venda de produtos de moda. Larocca observa que a saúde se tornou um artigo de luxo, acessível apenas a alguns. Ela menciona o "cigarro bem-intencionado" como uma indulgência que reflete as contradições da cultura de bem-estar, que muitas vezes ignora questões socioeconômicas mais amplas.
Larocca destaca que o bem-estar pode ser um espaço de conexão entre mulheres, mas também pode servir como uma forma de entretenimento. Ela reconhece a dificuldade de traçar limites claros sobre o que constitui bem-estar, especialmente em ambientes que misturam clínicas médicas e spas.
Reflexões sobre o Consumo
Durante a conversa, Larocca compartilha sua experiência com o que chama de "bem-estar recreativo", atividades que proporcionam prazer, mesmo que não cumpram suas promessas. Ela menciona a pressão para consumir produtos de beleza e saúde, refletindo sobre a crise de confiança nas informações disponíveis.
A autora conclui que, apesar de sua crítica, não é contra o bem-estar. Ela participa de várias práticas, reconhecendo que o conceito está profundamente enraizado na vida contemporânea. A obra de Larocca oferece uma visão abrangente sobre as nuances do bem-estar, destacando a necessidade de um olhar crítico sobre o que realmente significa cuidar de si.
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