16 de jan 2025
Lodhi Gardens: reflexões sobre o Maha Kumbh Mela e as mudanças na Índia
O Maha Kumbh Mela de 2025 deve atrair 400 milhões de pessoas, um evento colossal. A cidade de Allahabad foi renomeada para Prayagraj em 2018, refletindo mudanças políticas. A polarização religiosa na Índia afeta o festival, excluindo camelôs muçulmanos. O evento, antes de confraternização, agora reflete divisões sociais e políticas. A autora expressa incerteza sobre participar, destacando mudanças no país e em si mesma.
Naga Sadhus ou homens santos hindus chegam para dar um mergulho em Sangam, a confluência dos rios Ganges, Yamuna e o mítico Saraswati, para o Shahi Snan ou “banho real”, durante o festival Maha Kumbh Mela, em Prayagraj, em 14 de janeiro de 2025. (Foto: Niharika Kulkarni/AFP)
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Lodhi Gardens, em Nova Délhi, é descrito como o jardim mais bonito da cidade, com um lago, árvores antigas e túmulos do século XV, além de uma rica diversidade de pássaros. Em 2011, a autora fez planos para retornar à Índia em 2025 para o Maha Kumbh Mela, um festival que ocorre a cada 144 anos, quando Júpiter, o Sol e a Lua se alinham. Este evento, que celebra a vitória dos deuses sobre os demônios, atrai milhões de peregrinos e é considerado o maior festival da Índia.
A autora acompanhou os Kumbh Melas de 2013 e 2019, que atraíram cem milhões e 150 milhões de pessoas, respectivamente. O evento de 2019, embora menos significativo, resultou em um tumulto que causou a morte de mais de 40 pessoas. Desde 2011, a Índia e o festival mudaram, e a autora expressa incerteza sobre participar do evento de 2025, que promete atrair 400 milhões de pessoas.
A cidade de Allahabad, onde o festival ocorre, foi renomeada para Prayagraj em 2018. O governo de Narendra Modi é acusado de usar o Maha Kumbh Mela para promoção política, o que tem gerado divisões religiosas e sociais. Camelôs muçulmanos foram impedidos de participar, e motoristas de táxi relataram restrições ao atender clientes hindus, refletindo uma crescente polarização no país.
Apesar das mudanças e desafios, a autora mantém o desejo de retornar à Índia, embora não para o Kumbh Mela. Ela anseia por momentos tranquilos em Lodhi Gardens, onde pode ouvir os pássaros e sonhar com o futuro.
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