A evolução das refeições: como o café da manhã, almoço e jantar se tornaram padrão global

A evolução das refeições humanas reflete mudanças sociais e culturais ao longo da história. Desde os tempos de caçadores-coletores, onde as refeições eram comunitárias, até a formalização das três refeições diárias no Ocidente, a alimentação sempre teve um papel central na vida social. A Marinha Real Britânica e a Revolução Industrial foram cruciais para estabelecer o padrão atual de café da manhã, almoço e jantar.

Evidências arqueológicas, como as de Ohalo II, em Israel, mostram que há cerca de 23.000 anos, os humanos já se reuniam para cozinhar e compartilhar alimentos. Com o advento da agricultura, há aproximadamente 12.000 anos, surgiram assentamentos permanentes, permitindo que as refeições se tornassem mais estruturadas. Em Esparta, no século IV a.C., as syssitia, refeições comunitárias, eram fundamentais para a vida social e militar.

As práticas alimentares variavam entre culturas. Os romanos preferiam uma refeição principal pela manhã, enquanto os vikings tinham duas refeições substanciais, conhecidas como dagmal e nattmal. Em contraste, os povos aborígenes da Austrália costumavam fazer uma única refeição diária, complementada por lanches. O horário das refeições era influenciado por fatores como clima e estrutura social.

Atualmente, a pandemia de Covid-19 e o crescimento dos serviços de entrega alteraram os hábitos alimentares. As refeições sociais se diversificaram, com brunch e jantares em horários não convencionais. Essa evolução reflete a adaptação das rotinas alimentares às novas realidades sociais e profissionais, mostrando que os horários das refeições continuarão a mudar.