A relação entre infância e embriaguez revela rituais familiares e transformações emocionais

A autora Alicia Dorey reflete sobre sua relação com o álcool em seu novo livro, Elogio de la ebriedad, que será lançado em 7 de maio. Dorey analisa como a embriaguez se entrelaça com a infância e as tradições familiares, revelando experiências que marcam gerações.

A autora destaca que o primeiro contato com o álcool geralmente ocorre em ambientes familiares, como celebrações. Ritualizações, como o oferecimento de champanhe em batizados, são comuns. Esses momentos, embora vistos como inofensivos, podem gerar preocupações nos pais atuais. Dorey observa que a embriaguez familiar é uma mistura de alegria e ansiedade, refletindo a complexidade das relações interpessoais.

Dorey compartilha suas memórias de infância, onde testemunhou a transformação dos adultos ao consumirem álcool. Ela percebeu que a embriaguez trazia leveza e proximidade, criando um espaço de descontração. No entanto, essa relação com o álcool evolui, tornando-se uma fonte de ansiedade para as novas gerações, especialmente para as mães.

Relação com o Álcool

A autora menciona que muitos constroem suas relações com o álcool como uma forma de rebeldia ou busca de reconexão. Para alguns, a embriaguez representa um "segundo nascimento", uma epifania que proporciona um novo olhar sobre a vida. Dorey destaca que, em sua trajetória, a paixão pelo vinho se tornou uma forma de reconectar-se com sua família, aquecendo relações antes frias.

Em suas visitas familiares, Dorey se tornou a responsável por escolher o vinho, simbolizando uma mudança na dinâmica familiar. Essa nova abordagem ao consumo de álcool gerou conversas mais leves e agradáveis, distantes de temas pesados como finanças ou relacionamentos.

Alicia Dorey, nascida em Brindas, França, em 1989, é jornalista especializada em vinho e gastronomia. Seu livro, que explora a relação entre infância e embriaguez, promete trazer uma nova perspectiva sobre a cultura do álcool nas famílias contemporâneas.