Botequins cariocas inovam e se tornam espaços de cultura e aprendizado no Rio de Janeiro

Os botequins cariocas estão se transformando em centros culturais, oferecendo muito mais do que apenas comida e bebida. Espaços como o bar Madrid e o Al Farabi promovem encontros informais e lançamentos de livros, atraindo um público diversificado.

No bar Madrid, localizado na Tijuca, o professor e historiador Luiz Antonio Simas lidera encontros a cada três meses. Em setembro, ele discutiu "A peleja de Getúlio Vargas contra Zé Pelintra e Lampião", atraindo uma plateia atenta. O escritor Alberto Mussa também participou, optando por lançar seu romance "A extraordinária Zona Norte" em um ambiente descontraído, acompanhado de samba no Al Farabi.

Integração de Arte e Gastronomia

O Braseiro Labuta, no Centro, combina arte e gastronomia com uma exposição de fotografias e pinturas. Os garçons são treinados para falar sobre as obras, e os clientes podem consultar um "cardápio" com informações sobre os artistas. O Birosca, na Glória, também promove um espaço cultural, onde os frequentadores podem apreciar arte enquanto desfrutam de música.

Em Botafogo, o Chanchada criou a banca C.I.N.Z.A., que vende publicações independentes e obras de artistas. O chef Bruno Katz destaca que a iniciativa revitalizou o espaço, atraindo novos clientes.

Cinema e Gastronomia

O Cine Botequim, no Centro, oferece uma experiência única ao exibir clássicos do cinema, como "Gilda" e "2001 — Uma odisseia no espaço". Os frequentadores podem saborear pratos e drinques inspirados em filmes, como a coxinha "Cidade de Deus". As sessões ocorrem diariamente, a partir das 11h30, até o encerramento do movimento.

Essas inovações nos botequins cariocas refletem uma nova era de interação cultural, onde arte, literatura e gastronomia se entrelaçam, criando experiências únicas para os visitantes.