06 de fev 2025
A arte de fazer o outro se sentir visto e valorizado na convivência diária
Dr. Ludwig Guttman iniciou trabalho com paraplégicos em 1939 no Reino Unido. Suas práticas inovadoras resultaram na criação dos Jogos Paralímpicos em 1960. David Brooks, em seu livro, destaca a importância de ver o outro de forma holística. A falta de atenção ao próximo prejudica relacionamentos e gera conflitos. A curiosidade e o jogo são essenciais para melhorar conexões interpessoais.
Sentir-se visto (Foto: Reprodução)
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Em 1939, o médico Ludwig Guttman começou a trabalhar em um hospital para paraplégicos no Reino Unido, após fugir da Alemanha nazista. Ele percebeu que muitos pacientes estavam sedados e inativos, então reduziu a sedação e introduziu jogos como parte da terapia. Apesar de enfrentar resistência de colegas, que o denunciaram, Guttman defendeu sua abordagem, afirmando que “são os melhores homens”. Seu trabalho pioneiro levou à criação dos Jogos Paralímpicos em 1960.
Guttman destacou a importância de ver o outro de forma holística, além das aparências. Essa visão é essencial nas relações interpessoais, onde frequentemente rotulamos as pessoas por suas falhas ou expectativas. O autor David Brooks, em seu livro “Como conhecer a uma pessoa”, enfatiza que ver o outro requer uma atenção desapegada e genuína, permitindo uma conexão mais profunda e a resolução de conflitos.
A habilidade de fazer o outro se sentir visto é rara, mas impactante. Muitas vezes, as interações são superficiais, devido ao egocentrismo ou distrações. Brooks descreve os “reductores”, que fazem os outros se sentirem invisíveis. Para mudar essa dinâmica, é necessário um esforço consciente para focar nos aspectos positivos das pessoas, mesmo aquelas que nos desafiam.
Por fim, cultivar uma “mirada do jogo” pode enriquecer nossas interações. O jogo, segundo Diane Ackerman, é um estado de espírito que nos torna mais autênticos e abertos. Treinar a atenção, ser curioso e desfrutar das interações pode levar a conexões mais significativas, ajudando a entender que todos estão fazendo o melhor que podem em suas circunstâncias.
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