Mulheres transformam lixo em arte com a criação de junk journals

A prática de coletar cartões de fidelidade de cafeterias ou sacolas de papel tem ganhado popularidade mundial, com milhares de pessoas criando Junk Journals, que são livros pessoais repletos de memórias e inspirações. No TikTok, já existem mais de 400 mil postagens documentando essas criações artísticas. Kia Hunt, uma entusiasta do journaling, compartilha sua coleção de mais de 20 diários no Instagram, buscando inspirar outros. Desde criança, ela utiliza itens como ingressos, códigos de barras e partituras para reviver memórias e focar em suas aspirações, como a coleta de material de papelaria no Japão.

Selam Haile, de Wolverhampton, começou a fazer seus próprios junk journals em 2017 e dedica até um ano para criar cada um deles. Ela aprecia a atividade por permitir uma pausa das telas e a oportunidade de registrar visualmente seu dia. Para Selam, essa prática resgata a criatividade infantil, repleta de adesivos e rabiscos. Meg Frances, de Lancashire, transformou sua paixão por diários em um negócio paralelo, colaborando com pequenas empresas e patrocinadores para gerar conteúdo online. Ela descreve os junk journals como uma evolução dos álbuns de recortes, oferecendo um hobby acessível e econômico.

Um evento anual, chamado JournalFest, foi criado para celebrar a cultura dos diários, reunindo amantes da prática. Fundado por Bex Cross em 2023, o evento ocorrerá em julho em Wigan e espera receber mais de 1.000 participantes. Bex sentiu a necessidade de um encontro em grande escala para apreciar a confecção de diários, que estava ausente no calendário social do Reino Unido. O evento contará com palestras e oficinas, promovendo a troca de experiências entre os entusiastas da escrita e da criatividade.