24 de mai 2025
A obsessão pela infância revela inseguranças da vida moderna e busca por estabilidade emocional
A busca por nostalgia e segurança emocional impulsiona a tendência de infantilização digital, com o aplicativo Dreamina em destaque.
Foto: Reprodução
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A crescente popularidade de tendências digitais, como a criação de versões infantis de si mesmos e o uso de bonecas reborn, reflete uma busca por nostalgia e segurança emocional em tempos incertos. A recente trend do aplicativo Dreamina, que gera imagens de bebês a partir de fotos atuais, tem atraído a atenção de celebridades e usuários, revelando uma epidemia de infantilização voluntária.
O aplicativo Dreamina permite que os usuários transformem suas fotos em versões de bebês, gerando imagens que se tornam virais nas redes sociais. Celebridades como as duplas Thaeme e Thiago e Maiara e Maraísa também aderiram à moda, contribuindo para a disseminação dessa tendência. A busca por representações infantis parece estar ligada ao desejo de retornar a um período de segurança e simplicidade.
A psicologia pode oferecer insights sobre essa tendência. O conceito de "criança interior", proposto por Carl Jung, sugere que a busca por experiências infantis pode ser uma resposta ao estresse e à incerteza da vida moderna. Em um mundo marcado por crises econômicas, polarização política e mudanças climáticas, muitos adultos buscam refúgio nas memórias da infância, quando as responsabilidades eram mínimas.
A história mostra que essa idealização da infância se repete em períodos de crise. Durante a Grande Depressão, houve um aumento no consumo de entretenimento infantil. Após guerras, a valorização da família e da infância atingiu níveis altos. Atualmente, as redes sociais amplificam essa busca por nostalgia, permitindo que as pessoas compartilhem suas versões "fofas" e se conectem emocionalmente.
Embora a obsessão por essas tendências não seja necessariamente prejudicial, é importante que os indivíduos não se deixem paralisar por essa busca. Visitar o passado pode ser uma forma de autocuidado, mas é fundamental que isso não interfira nas responsabilidades do presente e na construção do futuro.
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