22 de mai 2025
Empreendedor transforma kimonos em tênis e resgata a cultura japonesa sustentável
Kimonos, símbolo da cultura japonesa, ganham nova vida em produtos modernos, como tênis, promovendo sustentabilidade e preservação cultural.
Foto de um par de sapatos de quimono em um fundo neutro. (Foto: Reprodução)
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Kimonos, parte essencial da cultura japonesa, estão se tornando raros no vestuário cotidiano, sendo usados principalmente em eventos formais. Muitos desses trajes, que podem valer bilhões de dólares, permanecem guardados em armários. Para reverter essa situação, Shotaro Kawamura, CEO da Potato Ltd., está transformando kimonos indesejados em produtos modernos, como tênis.
Kawamura colabora com artesãos tradicionais no Japão para reciclar kimonos em novos itens. Sua marca principal, Tokyo Kimono Shoes, produz tênis a partir de tecidos de kimono, com um par podendo custar cerca de R$ 1,5 mil. “Ao mudar a forma, podemos usar o tecido do kimono no nosso dia a dia e preservar a cultura de maneiras diferentes”, afirma Kawamura.
Desde o seu lançamento, a Tokyo Kimono Shoes teve grande aceitação. Em uma campanha de crowdfunding em 2022, a empresa arrecadou R$ 58 mil, superando a meta inicial de R$ 2 mil. Em 2024, foram vendidos 4.500 pares de tênis, utilizando 690 kimonos. A iniciativa não só promove a sustentabilidade, mas também ajuda a manter viva a tradição da fabricação de calçados em Asakusa.
Expansão do Negócio
Com o sucesso, Kawamura lançou a Kimono Reborn Tokyo, que oferece uma variedade de produtos, como camisetas e bolsas, todos feitos a partir de kimonos reciclados. Desde sua abertura, a nova marca já reutilizou 1.060 kimonos. A empresa também abriu uma loja no Aeroporto de Narita e planeja expandir para outros produtos, como calçados tradicionais e itens de decoração.
A crescente preocupação com a sustentabilidade na moda tem impulsionado o mercado de roupas de segunda mão, que representa 10% do mercado global de vestuário. No Japão, o mercado de roupas vintage cresceu 60% entre 2019 e 2023. Kawamura espera que suas criações inspirem mais pessoas a valorizar e reutilizar tecidos tradicionais, mostrando que “coisas boas devem ser mantidas, não descartadas”.
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