15 de mar 2025
A adaptação da viticultura às mudanças climáticas: lições da pré-história e do futuro
A viticultura enfrenta desafios climáticos, como secas e vendagens precoces. Pesquisas destacam a importância da biodiversidade da vitis para adaptação. Lambrusques, variedades antigas, podem ser reintroduzidas nas vinhas. A seleção de uvas e técnicas agrícolas deve evoluir para enfrentar mudanças. Conservatórios de cépages ajudam a preservar a diversidade genética da vitis.
Foto: Reprodução
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Nos últimos anos, o impacto das mudanças climáticas na viticultura tem se tornado cada vez mais evidente, com vindimas antecipadas, geadas de primavera e secas afetando a produção. A vitis vinifera, a principal espécie cultivada, e os viticultores precisam se adaptar a essas novas realidades. Atualmente, existem cerca de 6 mil variedades de uvas no mundo, e os viticultores estão sendo desafiados a renovar suas práticas agrícolas para lidar com as consequências do aquecimento global.
A história da vitis remonta a milhões de anos, com sua presença na Terra desde a Era Terciária. A domesticação da vitis vinifera ssp vinifera começou há cerca de 10 mil anos, quando os humanos começaram a cultivar a planta após a última glaciação. A viticultura se espalhou pelo Mediterrâneo, impulsionada por condições climáticas favoráveis e pela busca de segurança alimentar por sociedades sedentárias.
Com a evolução das técnicas agrícolas, como marcottage, bouturage e greffage, os humanos selecionaram e hibridaram diversas variedades de uvas, resultando em cépages clássicos como merlot e cabernet. No entanto, as mudanças climáticas atuais exigem uma reavaliação das práticas vitícolas, com agrônomos e paléobotanistas colaborando para entender a evolução da vitis e sua adaptação a novos ambientes.
Pesquisas recentes revelam que a vitis sylvestris, a forma selvagem da planta, ainda existe em algumas regiões, como o Pic Saint-Loup. Estudos mostram que a interação entre uvas cultivadas e selvagens pode ser crucial para a adaptação futura da viticultura. A diversidade genética, embora reduzida pelo clonagem, está sendo revitalizada com a reintrodução de variedades antigas, o que pode ajudar a enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
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