31 de mar 2025
Doze acusados enfrentam julgamento por roubo de vinhos avaliados em milhões de euros
Corte de apelação de Bordeaux analisa irregularidades em caso de roubo de vinhos raros, envolvendo cinco réus e uma rede criminosa.
"Des bouteilles de Petrus ont notamment été saisies par les enquêteurs. (Foto: Reprodução)"
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A cour d'appel de Bordeaux está atualmente julgando um caso relacionado a um extenso esquema de roubos de vinhos de alto valor, que começou em 2019 e foi desmantelado em 2020. Após um longo processo judicial, os acusados enfrentam acusações de roubo com arrombamento, associação criminosa e receptação. As investigações revelaram que os criminosos, que operavam em várias regiões da França, eram especializados em vinhos de prestígio, como os de Bordeaux e Borgonha, com um prejuízo estimado em cinco milhões de euros.
As operações policiais, que incluíram uma grande ação em dezembro de 2020 e outra em março de 2021, resultaram na apreensão de centenas de garrafas de vinhos renomados, como Château d'Yquem e Romanée-Conti. Os investigadores identificaram uma rede de receptação que envolvia comerciantes e restauradores da comunidade asiática, principalmente em Paris. Segundo o Conselho Interprofissional do Vinho de Bordeaux (CIVB), esses vinhos se tornaram alvos fáceis para os ladrões devido à sua alta demanda no mercado negro.
Um dos réus, um homem de 34 anos com um extenso histórico criminal, é acusado de vários crimes, incluindo violência e roubo. Ele enfrenta uma pena de até 20 anos de prisão. Outros cinco réus são originários da província do Zhejiang, na China, e as investigações indicam que os vinhos eram exportados para a China, onde eram vendidos em restaurantes e para particulares. A defesa de um dos acusados sugere que um restaurador chinês de 60 anos, que atua na região, poderia ser um recebedor ou comandante da operação.
O processo judicial, que foi adiado em 2023 devido a irregularidades, ainda precisa ser decidido pela cour d'appel sobre sua continuidade. A defesa argumenta que a falta de um julgamento de primeira instância prejudica os direitos dos réus, dificultando um eventual recurso em caso de condenação. A situação permanece incerta, com a possibilidade de que o caso seja enviado de volta ao parquet para correções necessárias.
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