14 de jan 2025
Investigação avança sobre envenenamento em série com bolo em Torres, no RS
Deise Moura dos Anjos é suspeita de envenenar bolo que matou três familiares. Investigação agora inclui análise de alimentos levados para sua sogra internada. Exumação do sogro revelou arsênio, indicando possível envenenamento anterior. Polícia encontrou recibos de compra de arsênio e buscas online sobre venenos. Operação "Aqua Tofana" investiga homicídios em série e intrigas familiares.
Foto: Reprodução
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As investigações sobre o caso de envenenamento em Torres (RS) avançam com a análise de um pastel levado por Deise Moura dos Anjos para sua sogra, Zeli dos Anjos, internada após o consumo de um bolo envenenado. Três pessoas morreram após ingerirem a sobremesa, e a polícia investiga se Deise tentou envenenar Zeli novamente. O Instituto-Geral de Perícias (IGP) analisa o pastel e outros alimentos entregues por Deise, buscando vestígios de arsênio, substância que já foi identificada no bolo que causou as mortes.
Deise, que está presa temporariamente, é suspeita de ter envenenado quatro familiares entre setembro e dezembro de 2024. A polícia encontrou fortes indícios de homicídios em série, incluindo a morte de seu sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que também teve arsênio em seu organismo. A investigação revela que Deise comprou arsênio em quatro ocasiões e fez buscas na internet relacionadas a venenos, levantando suspeitas sobre suas intenções.
A operação da Polícia Civil, batizada de "Aqua Tofana", faz referência a um veneno histórico utilizado por mulheres para eliminar maridos abusivos. A ligação com o caso de Torres se dá pela utilização de arsênio e pela tentativa de ocultar os envenenamentos como causas naturais de morte. Os efeitos do arsênio podem ser confundidos com doenças comuns, dificultando a identificação do envenenamento.
As investigações revelaram um padrão de manipulação por parte de Deise, que teria tentado desviar a atenção sobre suas ações. Mensagens trocadas com familiares indicam uma tentativa de minimizar as mortes e evitar investigações. A polícia continua a coletar provas e não descarta novas exumações, enquanto a defesa de Deise aguarda acesso integral aos documentos da investigação.
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