20 de jan 2025
Arsênio encontrado em marido e filho de suspeita de triplo homicídio em Torres
Deise Moura dos Anjos é suspeita de triplo homicídio por envenenamento com arsênio. Perícia confirmou arsênio na urina do marido, filho e sogra de Deise. Investigação "Operação Acqua Toffana" apura desavenças familiares e outros crimes. Mensagens de Deise mostram pesquisas sobre arsênio antes dos homicídios. Caso remete a histórias de envenenadores, como a argentina Yiya, de 1979.
Foto: Reprodução
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A perícia revelou a presença de arsênio na urina do marido e do filho de Deise Moura dos Anjos, que é suspeita de um triplo homicídio relacionado a um bolo envenenado em Torres, no Rio Grande do Sul. Os exames foram realizados no dia 14 de janeiro e confirmaram a substância, conforme informações da CNN. As amostras foram coletadas no Posto Médico Legal de Osório e analisadas pelo Instituto-Geral de Perícias (IGP). A sogra de Deise, Zeli Teresina Silva dos Santos, também testou positivo para arsênio.
A polícia investiga quando a substância foi ingerida pelo marido e filho de Deise, especialmente se antes ou depois da morte do sogro, Paulo Luiz dos Anjos, que faleceu em setembro de 2024. Deise está detida desde 5 de janeiro por homicídio duplamente qualificado e tentativa de homicídio. Ela é acusada de envenenar um bolo com arsênio, resultando na morte de três mulheres e deixando outras duas pessoas hospitalizadas, incluindo sua sogra, na véspera de Natal de 2024.
A investigação, denominada “Operação Acqua Toffana”, sugere que Deise tinha um histórico de conflitos familiares, com sua sogra como alvo principal. A polícia confirmou que Paulo Luiz também foi envenenado com arsênio, três meses antes do incidente do bolo, e o veneno foi encontrado em amostras de leite em pó. Após a morte do sogro, a polícia intensificou as investigações sobre possíveis outros crimes cometidos por Deise.
Mensagens recuperadas do celular de Deise indicam que ela pesquisou sobre arsênio antes dos crimes e tentou ocultar evidências, incluindo a tentativa de cremar o corpo do sogro. O delegado Marcos Veloso afirmou que todas as mortes por intoxicação no círculo de convivência de Deise serão investigadas. O caso lembra histórias de crimes com veneno em outros países, como o de Mercedes Bolla Aponte de Murano, a primeira assassina em série da Argentina, que envenenava suas amigas com cianeto.
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