29 de jan 2025
Munição do assassinato de delator do PCC é ligada à Polícia Militar, revela laudo
Laudos confirmam que munição do assassinato de Gritzbach é da PM de SP. Dois policiais militares foram presos como suspeitos dos disparos fatais. Investigação aponta que PCC pode ter encomendado a execução do delator. Quatro civis foram detidos por ajudar a localizar Gritzbach no aeroporto. Gritzbach havia delatado corrupção policial e prometido revelar hierarquia do PCC.
Execução de delator do PCC no Aeroporto Internacional de SP, em Guarulhos (Foto: Reprodução/TV Globo)
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O Instituto de Criminalística de São Paulo entregou à polícia laudos periciais sobre o assassinato do delator do PCC, Vinícius Gritzbach, ocorrido em novembro de 2024, no Aeroporto Internacional de Guarulhos. O exame balístico revelou que a munição utilizada no crime pertencia à Polícia Militar de São Paulo, com parte dos projéteis rastreados a lotes adquiridos entre 2013 e 2018. Gritzbach, que delatou membros da facção e acusou policiais de corrupção, foi alvo de sete tiros, e a investigação aponta para o envolvimento de policiais militares na execução.
Os dois atiradores e o motorista do veículo que os transportou são PMs da ativa e estão detidos por ordem judicial. Até o momento, 17 policiais foram presos em conexão com o caso. As armas usadas no crime, dois fuzis de calibres 5.56 e 7.62, foram encontradas em uma bolsa nas proximidades do local do assassinato. A investigação, liderada pelo Departamento Estadual de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), acredita que a execução foi encomendada por integrantes do PCC.
Além dos policiais, quatro civis foram detidos por supostamente ajudar Kauê do Amaral Coelho, identificado como o "olheiro" que localizou Gritzbach. Kauê está foragido no Rio de Janeiro, e a polícia tenta recuperar informações de seu celular, que foi resetado. Gritzbach, acusado de lavagem de dinheiro e de ser um alvo por delatar membros do PCC, havia prestado depoimento à Corregedoria da Polícia Civil dias antes de sua morte.
Recentemente, cinco policiais civis mencionados por Gritzbach em sua delação foram presos sob suspeita de envolvimento em organização criminosa e corrupção. A situação revela um possível esquema de corrupção que liga membros da polícia a atividades ilícitas, complicando ainda mais a investigação sobre o assassinato do delator.
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