18 de mar 2025
Justiça aceita denúncia e torna réus seis acusados de assassinato de delator do PCC
Justiça de São Paulo aceita denúncia contra seis réus pelo assassinato de Gritzbach. Mandantes Cigarreiro e Kauê estão foragidos no Complexo da Penha, protegidos. Operação para capturá los exigiria de 600 a 900 policiais, devido a barricadas. Motivo do crime envolve represália do PCC e interesse econômico de policiais. Pena pode chegar a 100 anos, com quatro qualificadoras agravantes na denúncia.
18.fev.2024 - Entrevista de Antônio Vinicius Gritzbach para o Domingo Espetacular, da TV Record (Foto: Reprodução)
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A Justiça de São Paulo aceitou a denúncia contra seis indivíduos envolvidos no assassinato de Vinícius Gritzbach, delator do PCC (Primeiro Comando da Capital). Os réus também são acusados de matar Celso Araújo, motorista de aplicativo, e de tentativas de homicídio contra duas pessoas feridas por estilhaços. A decisão foi tomada pelo juiz Rodrigo Tellini de Aguirre Camargo na segunda-feira, 17 de fevereiro de 2024. Entre os acusados, três são policiais militares que já estão presos, enquanto os demais, incluindo os mandantes, permanecem foragidos.
O Ministério Público de São Paulo (MPSP) denunciou os réus por quatro qualificadoras: motivo torpe, meio cruel, emboscada e uso de arma de fogo restrita. A pena pode chegar a 100 anos de prisão. Os mandantes identificados são Emílio Gongorra, conhecido como Cigarreiro, e Diego Amaral, o Didi. Os executores são Dênis Antônio Martins e Ruan Rodrigues, ambos da PM, enquanto Fernando Genauro da Silva atuou como motorista de fuga e Kauê Amaral foi o olheiro.
O promotor Rodrigo Merli afirmou que o crime foi motivado por represália e interesse econômico, ligando-o a uma possível vingança pela morte de Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, em dezembro de 2021. O MPSP também solicitou a conversão das prisões temporárias em preventivas, destacando que os acusados agiram como "mercenários". A Promotoria pediu ao governo paulista que ofereça recompensas por informações sobre os foragidos, sugerindo R$ 50 mil por cada um.
Gritzbach foi assassinado em uma emboscada no aeroporto internacional de São Paulo em 8 de novembro de 2024. Ele havia colaborado com uma delação premiada pouco antes do crime. O ataque resultou na morte de outra pessoa e ferimentos em duas vítimas. Gritzbach, que tinha um histórico criminal, foi ligado a um esquema de tráfico de drogas e a uma disputa interna no PCC, que culminou em sua execução. A investigação sobre o caso continua, com a polícia buscando informações sobre os foragidos e suas conexões com o crime organizado.
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