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Brasileiros resgatados de tráfico humano em Mianmar chegam ao Brasil após meses de tortura

Phelipe Ferreira e Luckas Viana foram sequestrados por máfia em Mianmar. Após meses de tortura e trabalho forçado, conseguiram escapar em fevereiro. A fuga foi planejada com ajuda da ONG Exodus Road e ativistas. Ambos alertam sobre os perigos de ofertas de emprego fraudulentas. Chegada ao Brasil está prevista para 19 de fevereiro, no Aeroporto de Guarulhos.

Phelipe de Moura Ferreira e Luckas Viana no avião nesta terça-feira (18) para retornar ao Brasil (Foto: Arquivo Pessoal)

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Os brasileiros Phelipe de Moura Ferreira e Luckas Viana dos Santos, mantidos reféns por uma máfia de golpes cibernéticos em Mianmar, retornaram ao Brasil na tarde de terça-feira, 18 de fevereiro. Eles embarcaram em um voo que fará uma escala na Etiópia antes de chegar ao Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, na tarde de quarta-feira, 19. Phelipe compartilhou um vídeo nas redes sociais, informando sobre a viagem e a parada na Etiópia, enquanto Luckas também publicou uma mensagem animada, mostrando seu passaporte.

Os dois jovens, atraídos por falsas ofertas de emprego, se tornaram vítimas de tráfico humano em novembro de 2024. Phelipe relatou que, em KK Park, eram forçados a aplicar golpes online sob ameaças e torturas. Ele descreveu a rotina de trabalho, que chegava a 16 horas diárias, e as punições severas que enfrentavam, como agachamentos e agressões físicas. Phelipe também mencionou um caso de uma cliente que perdeu 350 mil euros devido a um golpe, ressaltando a pressão que recebiam para extorquir dinheiro.

A fuga dos brasileiros foi planejada em conjunto com outros reféns e ocorreu na madrugada de 8 de fevereiro. Após escaparem, foram detidos por agentes do Exército Democrático Karen Budista (DKBA) e levados a um centro de detenção na Tailândia, onde aguardaram a intervenção da embaixada brasileira. As famílias de Phelipe e Luckas, que haviam mobilizado apoio através de redes sociais e ONGs, foram informadas sobre a liberação dos filhos após negociações entre as autoridades.

Em declarações após a libertação, tanto Phelipe quanto Luckas alertaram sobre os perigos das ofertas de emprego no exterior, enfatizando a importância de verificar a legalidade das empresas. O pai de Phelipe expressou alívio e ansiedade pela chegada do filho, destacando o sofrimento que enfrentaram durante os meses de cativeiro. O Itamaraty também se manifestou, ressaltando os esforços contínuos para combater o tráfico de pessoas e alertar brasileiros sobre os riscos de recrutamento para trabalhos em condições precárias.

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