25 de fev 2025
Médico confessa ter cometido ‘atos abomináveis’ ao agredir sexualmente 299 crianças
Joel Le Scouarnec, médico francês, enfrenta julgamento por 299 abusos sexuais. Ele admitiu os crimes e pode pegar até 20 anos de prisão por suas ações. A maioria das vítimas, 256, eram menores de 15 anos durante os abusos. O caso expõe falhas do sistema médico que permitiram sua atuação por anos. O julgamento atraiu grande atenção da mídia e manifestantes pedem justiça.
Ilustração realizada no primeiro dia do julgamento do médico Joel Le Scouarnec, acusado de ter agredido sexualmente 299 pacientes, a maioria deles crianças. (Foto: Valentin Pasquier/AP)
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O médico Joel Le Scouarnec, acusado de estuprar e agredir sexualmente 299 pacientes, a maioria menores de idade, iniciou seu julgamento nesta segunda-feira, 24 de fevereiro de 2024, em Vannes, na França. No primeiro dia, ele admitiu a autoria dos crimes, descrevendo-os como “atos abomináveis” e expressou sua intenção de “assumir a responsabilidade” por suas ações. O advogado de Le Scouarnec, Maxime Tessir, afirmou que ele reconhece a “imensa maioria dos fatos” e não pretende fugir das consequências legais.
O médico enfrenta uma pena de até 20 anos de prisão por 111 acusações de estupro e 189 de agressão sexual, ocorridas entre 1989 e 2014. A gravidade dos crimes é acentuada pelo fato de que 256 das 299 vítimas eram menores de 15 anos. A advogada Marie Grimaud, que representa 39 ex-pacientes, destacou que as vítimas “não esperam nada” do réu, mas buscam recuperar dignidade e consideração da Justiça.
O caso começou oficialmente em 2 de maio de 2017, após uma denúncia de uma vizinha sobre um ataque sexual contra sua filha de seis anos. Em 2020, Le Scouarnec foi condenado a 15 anos de prisão por crimes contra essa menina e outras vítimas. Durante as investigações, a polícia encontrou pornografia infantil e diários detalhando os abusos, revelando que as agressões duravam mais de duas décadas.
O julgamento, que se estenderá por quatro meses, ocorre em meio a protestos contra a omissão das autoridades médicas, que já tinham conhecimento sobre o risco que Le Scouarnec representava. Em 2004, o FBI o identificou em uma investigação sobre pornografia infantil, mas ele continuou a exercer a medicina sem restrições, mesmo após condenações anteriores. O caso levanta questões sobre a responsabilidade das instituições em proteger as vítimas e a necessidade de uma resposta mais eficaz da Justiça.
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