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Silêncio familiar encobre cirurgião pederasta que abusou de 299 menores por 25 anos

Joël Le Scouarnec, cirurgião, é acusado de abusar de 299 menores por 25 anos. A irmã dele revelou que a ex esposa sabia dos abusos desde 2000, mas não denunciou. O silêncio familiar é atribuído à vergonha e à cultura de ocultação da época. Durante o julgamento, Le Scouarnec expressou arrependimento, mas sem explicações claras. O caso expõe a disfunção familiar e a falta de ação diante de crimes graves.

Manifestantes em frente ao tribunal de Vannes, no oeste da França, no dia inaugural do julgamento do cirurgião pedófilo Thomas Padilla. (Foto: AP)

Manifestantes em frente ao tribunal de Vannes, no oeste da França, no dia inaugural do julgamento do cirurgião pedófilo Thomas Padilla. (Foto: AP)

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O julgamento de Joël Le Scouarnec, acusado de abusar de duzentas e noventa e nove crianças ao longo de vinte e cinco anos, revela não apenas os crimes do réu, mas também os segredos de uma família rica e disfuncional que ignorou o horror. Durante o processo em Vannes, a irmã do acusado, Annie Le Scouarnec, testemunhou que a ex-esposa de Joël, Marie France, estava ciente dos abusos desde 2000, quando sua própria filha foi vítima. Annie afirmou: “Sempre tinha as lágrimas nos olhos” ao discutir o assunto com a ex-esposa, desmentindo a ideia de que ela não sabia.

A irmã também admitiu que não alertou as autoridades sobre os abusos, justificando que não percebeu a gravidade da situação. “Era algo que havia feito em um momento dado”, disse, sem reconhecer que deveria ter denunciado. Ela mencionou que, em sua família, o silêncio sobre esses temas era comum, e que a vergonha recaía sobre as vítimas, não sobre os agressores. Essa dinâmica familiar contribuiu para a ocultação dos crimes.

Outros relatos durante o julgamento revelaram episódios preocupantes, como quando Joël pediu que a filha de sua irmã se despisse para tirar fotos. Annie só soube do ocorrido mais tarde, quando sua filha contou. Além disso, a descoberta de uma boneca chamada Verônica, que Joël colecionava, levantou questões sobre possíveis abusos em sua infância. “Minha mãe era assistente maternal e cuidava de um bebê chamado Véronique”, destacou, chocando a audiência.

Em um momento emocional, Joël dirigiu-se à irmã, expressando sua confusão sobre sua condição de pedófilo e pedindo desculpas pelo sofrimento causado. “Estou desolado, por Priscilla e por você”, disse, tentando justificar seus atos. O julgamento continua a expor a complexidade do caso, revelando tanto os crimes do réu quanto a dinâmica familiar que permitiu que esses abusos ocorressem por tanto tempo.

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