27 de fev 2025
Criminosos do PCC buscam transferência para presídios do CV após aliança entre facções
PCC e CV, rivais desde 2016, firmaram aliança preocupante para autoridades. 37 presos do PCC pedem transferência para presídios com membros do CV. Aliança visa libertar líderes e fortalecer o tráfico nas rotas brasileiras. Conflitos anteriores resultaram em mortes em presídios, como em Manaus. Objetivo é afrouxar regras do sistema penitenciário federal, onde estão líderes.
Criminosos armados do Comando Vermelho deixam sigla da facção criminosa em área ocupada pelo grupo na Gardênia Azul, zona oeste do Rio de Janeiro tradicionalmente ocupada pela milícia. (Foto: Polícia Civil do Rio de Janeiro)
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Após a aliança entre o PCC (Primeiro Comando da Capital) e o CV (Comando Vermelho), criminosos do PCC encarcerados estão solicitando transferência para presídios onde estão membros do CV. Com o acordo de paz, pelo menos 37 presos do PCC manifestaram interesse em se mudar para cadeias que abrigam criminosos da facção carioca. As Secretarias de Segurança Pública e de Administração Penitenciária (Seap) de diversos estados estão monitorando essa nova dinâmica entre as facções.
Historicamente, PCC e CV estavam em conflito desde 2016, disputando o controle do narcotráfico, especialmente nas rotas que cruzam a fronteira com países como Paraguai e Bolívia. As guerras entre as facções eram mais frequentes em estados fora de São Paulo e Rio de Janeiro, onde o CV se aliou a grupos locais, expandindo sua influência. Conflitos em presídios, como o massacre de 56 rivais do PCC em Manaus em 2017, evidenciam a gravidade da situação.
Com a nova aliança, os líderes das facções buscam não apenas preservar a vida de seus membros, mas também "fortalecer o crime" e estabelecer acordos com facções menores. As autoridades estão preocupadas com as possíveis tentativas de libertação de líderes como Marcola e Marcinho VP, atualmente em presídios federais. O promotor de Justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya, destacou que essa aliança visa "tentar derrubar os rigores do sistema penitenciário federal".
Os principais objetivos dessa união incluem a flexibilização das regras do sistema penitenciário e a atuação conjunta nas rotas de tráfico de cocaína no Brasil. A rota caipira, dominada pelo PCC, e a rota do Solimões, sob controle do CV, são áreas de interesse para as facções, aumentando a preocupação das forças de segurança sobre as implicações dessa aliança.
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