Polícia descarta suspeita sobre pai de Vitória e investiga outros envolvidos no crime

A Polícia Civil de São Paulo desmentiu rumores sobre a investigação de Carlos Alberto Souza, pai da adolescente Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, encontrada morta em Cajamar. O diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Macro São Paulo (DEMACRO), Luiz Carlos do Carmo, afirmou que "não existe investigação contra o pai da vítima". A polícia investiga se houve abuso sexual e se o sangue encontrado em um carro pertence à jovem. O local onde Vitória pode ter sido mantida em cativeiro será periciado.

A prisão de Maicol Antonio Sales dos Santos, um dos suspeitos, foi um avanço significativo na investigação. O delegado Luiz Carlos do Carmo destacou que o sangue encontrado no Toyota Corolla de Maicol, visto na área do crime, é um indício forte de sua participação. Os resultados do exame de DNA devem ser divulgados em cerca de um mês. Outros suspeitos, como Daniel Lucas Pereira e Gustavo Vinicius Moraes, também estão sendo investigados, especialmente após a descoberta de vídeos gravados por Daniel do trajeto de Vitória.

Vitória desapareceu em 26 de fevereiro após enviar mensagens a uma amiga, relatando que estava sendo seguida. Seu corpo foi encontrado em 5 de março, com sinais de tortura e violência extrema. O ex-namorado Gustavo Vinicius é um dos principais suspeitos, mas a Justiça negou seu pedido de prisão preventiva por falta de provas. A brutalidade do crime levanta suspeitas de envolvimento de facções criminosas, como o Primeiro Comando da Capital (PCC).

A polícia já ouviu 18 testemunhas e apreendeu três veículos que podem estar relacionados ao crime. Em um dos carros, foram encontrados vestígios que podem ser relevantes para a investigação. A busca por mais evidências continua, enquanto a polícia tenta esclarecer a motivação e a dinâmica do assassinato de Vitória.