24 de mar 2025
Peixão usava Correios e transportadoras para importar armas e equipamentos clandestinos
Polícia Federal desmantela esquema de tráfico de armas do TCP, com prisão do armeiro de Peixão, que permanece foragido. Investigação revela táticas sofisticadas de importação.
Fuzil anti-drone identificado como "brinquedo eletrônico" em uma encomenda dos Correios (Foto: Reprodução)
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A facção criminosa Terceiro Comando Puro (TCP) utilizou serviços de transportadoras e dos Correios para importar armas de forma ilegal. O traficante Álvaro Malaquias Santa Rosa, conhecido como Peixão, coordenava o esquema com a ajuda de um armeiro identificado como Deus, cuja verdadeira identidade é Everson Vieira Francesquet. As investigações revelaram que as armas eram enviadas do Paraguai e entregues nas residências de membros da facção, permitindo que Peixão e Deus realizassem as transações sem sair de casa.
Everson foi preso ao tentar retirar um fuzil antidrone em uma encomenda dos Correios em Nova Iguaçu. Ele é acusado de tráfico internacional de armas e de integrar uma organização criminosa. A Polícia Federal (PF) busca que ele seja transferido para um presídio federal. As mensagens interceptadas mostram que o armeiro organizava as importações, utilizando plataformas como AliExpress e DHL, e se preocupava em declarar valores abaixo de US$ 25 para evitar a fiscalização da alfândega.
O esquema permitia que a facção recebesse armamentos como fuzis e drones disfarçados de "brinquedos eletrônicos". A PF destacou a importância da integração entre órgãos de segurança para combater a entrada de armas no Brasil. Em resposta, os Correios afirmaram que mantêm uma atuação rigorosa contra o envio de objetos ilícitos e colaboram com as autoridades. A DHL Express e o AliExpress também se manifestaram, repudiando atividades criminosas e se colocando à disposição para colaborar com as investigações.
Peixão, que está foragido, é um dos traficantes mais procurados do país e acumula diversas anotações criminais, respondendo a 26 processos no Tribunal de Justiça do Rio. A investigação começou com a prisão de Everson em julho do ano passado e revelou um sofisticado esquema de entrega que minimizava os riscos para os traficantes, permitindo que eles recebessem armamentos diretamente em suas casas.
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