Juliana Oliveira responde a Danilo Gentili e reafirma denúncia contra Otávio Mesquita

Ex-produtora acusa Otávio Mesquita de abuso sexual e responde a Danilo Gentili

Juliana Oliveira, ex-assistente de palco do programa “The Noite”, acusou Otávio Mesquita de abuso sexual durante uma gravação em 2016. A denúncia, feita no final de março, gerou debate e resposta do apresentador Danilo Gentili.

Gentili publicou um vídeo de 45 minutos negando omissão no caso. Ele apresentou áudios e e-mails de 2020, alegando que Juliana não quis registrar boletim de ocorrência ou denunciar ao RH do SBT na época.

Juliana rebateu as declarações, afirmando ter sempre tido gratidão por Gentili, mas se sentir traída. Ela alega que, após entender ter sofrido um crime sexual, em 2020, buscou apoio do apresentador e do diretor João Mesquita.

Segundo a ex-produtora, o suporte do programa cessou quando ela deixou o “The Noite”. Ela relata que era escondida no banheiro quando Mesquita aparecia de surpresa no estúdio.

Apresentador nega omissão e expõe diálogo com ex-produtora

Danilo Gentili afirmou que, em 2020, ofereceu suporte financeiro, emocional e jurídico a Juliana Oliveira. Ele divulgou uma conversa em que o diretor João Mesquita se coloca à disposição para ajudar em uma possível denúncia.

O apresentador também contesta a alegação de que ele e João Mesquita não agiram por Juliana não ser rica e branca. Ele afirma que a situação foi inicialmente vista como uma brincadeira, apesar de desagradável.

Caso reacende debate sobre machismo e violência contra a mulher

A repercussão do caso nas redes sociais revelou um cenário de julgamento e condenação de Juliana Oliveira por supostamente ser “ingrata” com Gentili. A situação expõe um machismo estrutural, em que a vítima é questionada mesmo ao denunciar um crime.

O episódio ocorreu durante uma participação de Otávio Mesquita no programa “The Noite”, em 2016. Imagens mostram o apresentador tocando nas áreas íntimas de Juliana e simulando uma relação sexual, enquanto ela demonstra desconforto.

Mesquita nega a acusação, alegando que a cena foi uma brincadeira combinada. Juliana Oliveira entrou com uma representação criminal no Ministério Público de São Paulo (MP-SP), que abriu um inquérito para investigar o caso.