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Ecuador enfrenta aumento alarmante de deslocamentos internos por violência e crime organizado

Ecuador registra 101 mil deslocamentos internos em 2024, refletindo a crescente violência e a luta por controle territorial entre grupos criminosos.

Operativo militar em Solanda, Ecuador, el 19 de mayo de 2025. (Foto: Vannessa Terán)

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Ecuador enfrenta uma crise de deslocamento interno devido à violência crescente. Em 2024, foram registrados 101 mil casos de deslocamento, com 49 mil pessoas já deslocadas até o final do ano anterior. O país se tornou o terceiro mais afetado da América Latina, atrás apenas de Haiti e Colômbia, segundo o Relatório Global sobre Deslocamento Interno do Conselho Norueguês para os Refugiados.

A violência, especialmente nas províncias costeiras, tem aumentado, refletindo a disputa entre grupos criminosos pelo controle territorial. Renato Rivera, diretor do Observatório Ecuatoriano de Crime Organizado, afirma que a fragmentação das organizações criminosas intensificou a violência nos bairros. Extorsões também são comuns, forçando muitos a deixarem suas casas em busca de segurança.

As províncias de Esmeraldas, Manabí, El Oro e Guayas são as mais afetadas. Em Quito, a capital, os homicídios relacionados a conflitos entre gangues aumentaram significativamente. Rivera destaca que as áreas com maior deslocamento coincidem com rotas de tráfico de drogas, evidenciando a correlação entre violência e narcotráfico.

Impacto na Comunidade

A violência não afeta apenas a segurança física, mas também a saúde mental das comunidades. A Agência da ONU para os Refugiados no Ecuador alerta que mulheres, adolescentes e pessoas LGBTIQ+ enfrentam riscos elevados, incluindo violência sexual. Apesar da resiliência das comunidades, a resposta às necessidades continua limitada.

O presidente Daniel Noboa declarou um conflito armado interno em 2024, mas a situação permanece crítica. Em seu discurso de posse para um segundo mandato, Noboa prometeu reduzir os homicídios, mas até agora não cumpriu essa promessa. O país registra uma taxa alarmante de 38 homicídios por 100 mil habitantes, com um aumento de 58% nos homicídios intencionais entre janeiro e abril de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior.

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