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Lideranças de candomblé em BH são acusadas de abusos e exploração espiritual

Novas denúncias de abusos psicológicos e financeiros surgem contra o terreiro Nzo Jindanji Kuna Nkosi, enquanto o Ministério Público investiga irregularidades.

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Ao menos cinco pessoas acusam os líderes do terreiro Nzo Jindanji Kuna Nkosi, em Belo Horizonte (MG), de assédio moral, violência e estupro desde 2020. As denúncias foram formalizadas no Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), que investiga os casos. Recentemente, novas vítimas relataram abusos psicológicos e financeiros, enquanto o bloco Afoxé Bandarerê desligou Gabriel Lemos Antunes de Souza, um dos líderes.

Os relatos incluem episódios de violência religiosa, psicológica e sexual. Anna Sant’Ana, de 25 anos, afirma ter sido estuprada por Gabriel em 2019. Após registrar um boletim de ocorrência em 2025, ela comunicou a matriarca do terreiro, Angela Maria Miguel, que teria minimizado a situação. Anna relata que foi forçada a conviver com seu agressor durante sua iniciação, o que agravou seu estado emocional.

Juçara*, publicitária de 30 anos, descreve experiências de controle e humilhação durante sua iniciação em 2018. Ela menciona gritos e xingamentos por parte de Márcio Eustáquio, conhecido como Tata Kamus’ende, e relata um sistema de meritocracia que a expunha a constrangimentos. Dalila da Silva Rodrigues, produtora cultural, também denunciou agressões e exploração financeira, afirmando ter trabalhado sem remuneração em projetos do terreiro.

Investigação em Andamento

O MPMG instaurou um inquérito para investigar possíveis irregularidades em projetos culturais associados ao terreiro. Em 23 de maio de 2025, o MP apurou indícios de improbidade administrativa e corrupção em um evento promovido pela Liga das Escolas de Samba de Minas Gerais. O caso permanece em investigação.

Em resposta às acusações, a mãe de santo Nengua Monasanje negou irregularidades, afirmando que o terreiro é um espaço de acolhimento e respeito. Márcio também refutou as alegações, defendendo a integridade do candomblé e sua posição financeira. A situação gerou reações na comunidade, levando à retirada de um projeto de lei que reconhecia o terreiro como patrimônio cultural do Estado.

As denúncias e a investigação em curso levantam questões sobre a segurança e o bem-estar dos membros de comunidades religiosas, evidenciando a necessidade de um ambiente seguro e respeitoso para todos.

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