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Secas e estiagens representam 44% dos desastres ambientais no Brasil desde 2000

O anuário de 2023 revela a primeira região de "clima árido" na Bahia. Apenas sete estados têm fundos para enfrentar mudanças climáticas no Brasil. O aumento de rebanhos bovinos contribui para as emissões de gases do efeito estufa. O Sul avança na descarbonização, reduzindo desmatamento e melhorando manejo. Tragédias climáticas, como as de fevereiro de 2023, podem se tornar mais frequentes.

Rio Negro, no Amazonas, praticamente secou neste ano: despesas imprevisíveis e urgentes, como as feitas para combater incêndios, secas e enchentes, podem ficar fora da meta fiscal, mas engordam a dívida pública. (Foto: Raphael Alves/Agência Enquadrar)

Rio Negro, no Amazonas, praticamente secou neste ano: despesas imprevisíveis e urgentes, como as feitas para combater incêndios, secas e enchentes, podem ficar fora da meta fiscal, mas engordam a dívida pública. (Foto: Raphael Alves/Agência Enquadrar)

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Um anuário divulgado nesta quinta-feira pelo Centro Brasil no Clima e pelo Instituto Clima Sociedade revela que as estiagens e secas são os desastres naturais mais frequentes no Brasil desde 2000, representando 44,2% de todos os desastres ambientais registrados até 2023. O estudo destaca a primeira ocorrência de uma região de "clima árido" no Centro-Norte da Bahia e prevê que o aumento do nível do mar impactará cidades como Vitória, Rio de Janeiro e Santos.

Além das secas, enxurradas, chuvas intensas, inundações e alagamentos correspondem a 36,8% dos desastres. O relatório identifica áreas propensas à desertificação, como Seridó e Sertão Central, e aponta que apenas o Ceará possui um plano efetivo de combate à seca. Enquanto o Nordeste enfrenta vulnerabilidades hídricas, o Sudeste sofre com chuvas excessivas e aumento de temperatura, elevando o risco de deslizamentos em áreas metropolitanas.

O estudo também menciona que as ondas de calor no Sudeste intensificam secas e incêndios florestais, especialmente em São Paulo e Minas Gerais. Tragédias como a de fevereiro de 2023, que resultou em 36 mortes em São Sebastião, podem se tornar mais comuns. Apesar do cenário alarmante, apenas sete dos 26 estados brasileiros têm fundos específicos para enfrentar as mudanças climáticas.

O Brasil é um dos dez maiores emissores de gases do efeito estufa do mundo, com o aumento do rebanho bovino contribuindo para essa situação. Em 2024, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou uma lei para criar um mercado regulado de carbono, visando limitar as emissões. O Centro-Oeste é responsável por 31,9% das emissões agropecuárias, com Mato Grosso liderando. Em contrapartida, o Sul está em processo de descarbonização, com melhorias no manejo do solo e redução do desmatamento, embora Maranhão e o Cerrado ainda apresentem altos índices de desmatamento.

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