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Grama do Aterro do Flamengo seca: falta de chuva ou descaso na manutenção?

O Parque do Flamengo enfrenta degradação severa devido a estiagem prolongada. Gramados ressecados e árvores em estado crítico refletem a falta de manutenção. Especialistas sugerem substituição de espécies para adaptação ao clima extremo. A prefeitura ainda não anunciou planos de irrigação para recuperação do parque. Meteorologistas alertam que o clima seco pode se tornar mais frequente no futuro.

Grama do Aterro do Flamengo seca pela falta de chuva (Foto: Alexandre Cassiano/ Agência O Globo)

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O Parque do Flamengo, no Rio de Janeiro, enfrenta uma grave crise ambiental, com a paisagem se transformando em um deserto devido à estiagem prolongada e temperaturas acima dos 40°C. A situação foi registrada por uma equipe do GLOBO, que observou gramados ressecados e árvores em estado crítico. O botânico Gabriel Stive, da Escola Nacional de Botânica Tropical, aponta que a degradação se deve tanto aos extremos climáticos quanto à falta de manutenção adequada.

O Parque, idealizado por Maria Carlota Costallat de Macedo Soares em 1960, conta com espécies tropicais que se adaptam ao clima fluminense, mas muitas não suportam o calor intenso. Stive sugere que uma irrigação periódica durante períodos de estiagem poderia mitigar os danos, embora a prefeitura possa considerar essa medida custosa. Ele destaca que a grama é a primeira a sofrer com as altas temperaturas, mas pode se recuperar com a volta das chuvas.

O fenômeno atual é resultado de um clima mais seco, que se intensificou no final de janeiro e se consolidou em fevereiro, dificultando a umidade no estado. O meteorologista Wanderson Luiz Silva, da UFRJ, explica que a média pluviométrica de fevereiro está abaixo do esperado, com a massa de ar quente impedindo a formação de umidade. Essa situação afeta não apenas a capital, mas a maioria do estado, resultando em baixíssimos volumes de chuva.

A Secretaria Municipal de Conservação ainda não se manifestou sobre um plano emergencial para a irrigação ou recuperação das áreas afetadas. A longo prazo, especialistas sugerem a substituição de algumas espécies ornamentais por outras mais resistentes a climas áridos, uma medida que pode ser necessária diante da crescente frequência de cenários climáticos extremos.

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