05 de mar 2025
Petrobras figura entre as 36 empresas responsáveis por metade das emissões globais de CO2
Relatório revela que 36 empresas de combustíveis fósseis emitiram metade do CO2. Saudi Aramco e ExxonMobil destacam se como os maiores poluidores globais. Emissões aumentaram em 2023, desafiando metas do Acordo de Paris. Ações legais nos EUA visam responsabilizar empresas por danos ambientais. Shell e outras empresas afirmam compromisso com emissões líquidas zero até 2050.
Petrobras está no ranking das 36 maiores empresas emissoras de CO2 do mundo (Foto: Thinkstock/VEJA)
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Em um relatório divulgado no dia 5 de março de 2024, apenas 36 empresas de combustíveis fósseis foram responsáveis por metade das emissões globais de dióxido de carbono em 2023. O estudo, realizado pelo Carbon Majors, destaca o impacto significativo de gigantes do setor, como Saudi Aramco, ExxonMobil, Shell e a brasileira Petrobras. Essas empresas, que extraem carvão, petróleo e gás, emitiram mais de 20 bilhões de toneladas de CO2 no ano passado, evidenciando a necessidade de responsabilização por sua contribuição à crise climática.
O relatório também revela que, se a Saudi Aramco fosse um país, estaria em quarto lugar entre os maiores poluidores do mundo, atrás de China, Estados Unidos e Índia. A ExxonMobil, por sua vez, emitiu o equivalente a todas as emissões anuais da Alemanha. Para limitar o aquecimento global a 1,5°C, conforme estipulado no Acordo de Paris, as emissões precisam ser reduzidas em 45% até 2030, mas a tendência atual é de aumento. Em 2023, o planeta registrou o ano mais quente já documentado, impulsionado pelo uso crescente de combustíveis fósseis.
Christiana Figueres, ex-secretária da Convenção do Clima da ONU, criticou a falta de planos concretos das empresas para reduzir a produção de combustíveis fósseis. O relatório também aponta que a maioria das empresas aumentou sua produção, desconsiderando os alertas da Agência Internacional de Energia sobre a incompatibilidade de novos projetos com a meta de zerar emissões líquidas até 2050. Em resposta, alguns estados dos Estados Unidos, como Nova York e Vermont, estão processando essas empresas para buscar compensações por danos ambientais.
As reações das empresas ao estudo variaram. A Shell reafirmou seu compromisso de atingir emissões líquidas zero até 2050, enquanto a Saudi Aramco não se pronunciou. ExxonMobil, Chevron e BP também não comentaram. O relatório evidencia a necessidade urgente de ações efetivas para mitigar os impactos da crise climática, destacando a responsabilidade das grandes corporações na emissão de gases de efeito estufa.
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