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Estudo revela que 36 empresas são responsáveis por mais da metade das emissões globais de carbono

Estudo do Carbon Majors revela aumento de 0,7% nas emissões em 2023. Apenas 36 empresas geram mais da metade das emissões globais de CO₂. Estatais dominam, com 52% das emissões; Saudi Aramco é a maior emissora. Setor de cimento teve o maior crescimento percentual nas emissões. Especialistas pedem ações como descarbonização e regulamentação para mitigar impactos.

CAMPEÃS - As empresas chinesas mantiveram a liderança como maiores emissoras por país (Foto: Thinkstock/VEJA)

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Um estudo recente do Carbon Majors, encomendado pela organização InfluenceMap, revelou que as emissões das principais empresas de combustíveis fósseis e cimento aumentaram em 2023, com mais da metade da poluição global concentrada em apenas algumas dezenas de companhias. As emissões das maiores empresas de petróleo, gás, carvão e cimento cresceram 0,7% em relação ao ano anterior, totalizando 33,9 gigatoneladas de dióxido de carbono equivalente, o que representa 78,4% das emissões globais de CO₂ desse setor.

O dado mais alarmante é que apenas 36 empresas são responsáveis por mais da metade das emissões globais. As empresas estatais dominaram o cenário em 2023, com 16 das 20 maiores emissoras pertencendo a governos, contribuindo com 52% das emissões globais. As cinco maiores emissoras estatais, incluindo Saudi Aramco e Coal India, foram responsáveis por 17,4% de todas as emissões de CO₂, totalizando 7,4 gigatoneladas.

As cinco maiores emissoras privadas, como ExxonMobil e Shell, responderam por 4,9% das emissões globais, somando 2,2 gigatoneladas. As empresas chinesas continuam a liderar como as maiores emissoras por país, contribuindo com 23% das emissões globais de CO₂. O setor de cimento apresentou o maior crescimento relativo, com fabricantes como Holcim Group e Heidelberg Materials entre as que mais aumentaram suas emissões.

Johan Rockström, diretor do Instituto Potsdam de Pesquisa de Impacto Climático, destacou que, enquanto algumas corporações expandem a infraestrutura de combustíveis fósseis, os desastres climáticos afetam mais severamente regiões que menos contribuíram para o problema. O estudo sugere quatro ações principais para mitigar a situação: responsabilização legal, descarbonização econômica, fim da expansão dos combustíveis fósseis e regulamentação transparente.

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