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Amazônia enfrenta crise climática; ciência aponta caminhos para preservar biodiversidade

O Amazonas enfrenta extremos climáticos, com secas e altas temperaturas impactando a biodiversidade. A mortandade de peixes e a redução do Lago Tefé exigem monitoramento e conservação urgente. A pesquisa revela que algumas espécies, como o aracu, estão severamente prejudicadas. Comunidades ribeirinhas enfrentam crises de segurança alimentar devido à redução de estoques pesqueiros. Ações preventivas e envolvimento local são essenciais para mitigar os riscos climáticos.

SANTUÁRIO - Bacia amazônica: maior diversidade de peixes de água doce do mundo (Foto: Jorge Kike Medina/Wikimedia Commons)

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O estado do Amazonas enfrenta uma nova era de extremos climáticos, com secas severas e temperaturas recordes entre 2023 e 2024. Esses fenômenos têm impactos diretos nas comunidades locais e na biodiversidade, especialmente em rios e lagos, que abrigam mais de 2.300 espécies de peixes. A pesca é vital para as comunidades ribeirinhas, que dependem desse recurso para sua alimentação e sustento. Pesquisas recentes indicam que as secas extremas podem levar à homogeneização das populações de peixes, um risco que se agrava com a sobrepesca e a construção de barragens.

O Lago Tefé, localizado na Reserva Mamirauá, é um exemplo das consequências dessas mudanças climáticas. Em 2023, a região sofreu uma seca histórica, seguida por uma enchente abaixo do normal em 2024, resultando em uma redução de 75% na superfície do lago. As temperaturas da água ultrapassaram 41°C, levando à mortandade de diversas espécies aquáticas. O aumento da temperatura reduz o oxigênio dissolvido na água, essencial para a sobrevivência dos peixes, e exige mais energia deles, colocando em risco a vida aquática.

Estudos realizados em Tefé revelam que a espécie de peixe aracu (Schizodon fasciatus) está sendo severamente afetada por essas condições, com alterações celulares que podem danificar seu DNA. Em contrapartida, outras espécies, como o papaterra (Satanoperca jurupari), demonstram maior resiliência. Contudo, a intensificação das secas e cheias afeta negativamente todas as espécies, resultando em uma possível queda na biodiversidade, o que impacta diretamente a qualidade de vida das comunidades que dependem desses ecossistemas.

Diante desse cenário, é urgente implementar políticas de adaptação às mudanças climáticas, não apenas na Amazônia, mas em outros biomas brasileiros, como o Pantanal e o Cerrado. A instalação de sensores para monitorar a qualidade da água e a saúde dos estoques pesqueiros é uma das ações recomendadas. Além disso, é fundamental envolver as comunidades locais na gestão dos recursos hídricos, garantindo que elas sejam parte ativa na preservação e conservação dos ecossistemas. As soluções estão ao alcance da sociedade brasileira, e a ação coletiva é essencial para evitar catástrofes climáticas que ameaçam o bem-estar das comunidades.

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